É verdade que três dos terroristas envolvidos nos atentados de Paris, em Paris, passaram por Portugal? Não se sabe ao certo, porque o alerta “é geral para toda a Europa”, como realçou a Polícia Judiciária (PJ). Mas a Interpol e a polícia espanhola acreditam que sim.
As cautelas são fáceis de explicar: a presença de terroristas em Portugal ajuda a espalhar o medo (leia-se terror), que é a principal arma dos… terroristas.
Ao início da manhã de hoje, várias edições online avançavam que a Interpol e a polícia espanhola teriam alertado as autoridades portuguesas de que Kevin Guiavarch, Memdi Kaddour e Samir Bouzid teriam passado por território nacional.
Uma ajuda para quem não reconheceu os nomes de imediato: são três dos radicais islâmicos que terão estado envolvido na preparação e realização dos atentados de 13 de novembro em Paris.
Com o avançar do dia, os detalhes e as explicações foram surgindo. Há um alerta geral na Europa para uma ameaça terrorista, mas não há dados concretos que garantam a passagem por ou permanência de jihadistas em território nacional.
“O alerta existe, mas é para toda a Europa e não só para Portugal. Não há quaisquer indícios de que estejam em Portugal ou até mesmo em Espanha”, adiantou uma fonte judicial citada, sem identificação, pelo Expresso.
“Não há razões para alarme”, avançou, em comunicado, a PJ, esclarecendo que “o nível de ameaça terrorista em Portugal mantém-se inalterado”.
No mesmo texto, citado pela TVI, vem referido que os alertas europeus são “uma prática habitual” no âmbito da cooperação policial na União Europeia: “Não há quaisquer razões para alarme e o nível de ameaça terrorista em Portugal mantém-se inalterado”.
A notícia dos três terroristas “em trânsito por Portugal ou Espanha” foi avançada pelo Jornal de Notícias com base em fontes da polícia francesa.
Samir Bouzid, que estaria a deslocar-se num Citroën de cor escura e matrícula francesa, seria o ‘inimigo público número um’, uma vez que as autoridades acreditam ser um dos principais cabecilhas dos atentados de Paris.