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Portugal tem um dos mais elevados registos de consumo de bebidas alcoólicas da OCDE

Portugueses consomem anualmente, em média, 12 litros de álcool, um dos registos mais elevados dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

De acordo com o estudo ‘Prevenir a Utilização Nociva do Álcool’, Portugal tem um dos mais elevados níveis de consumo de bebidas alcoólicas dos 52 países da OCDE, numa análise a pessoas com 15 ou mais anos de idade, sendo que os “homens consomem 19,4 litros de puro álcool per capita, por ano, enquanto as mulheres consomem 5,6 litros”.

A média da OCDE situa-se nos 10 litros por pessoa, por ano, de acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

Em Portugal, “26,6 por cento dos adultos embriagam-se pelo menos uma vez por mês”. Por outro lado, “13 por cento das raparigas e 14 por cento dos rapazes com 15 anos de idade” já estiveram embriagados pelo menos uma vez.

O estudo adverte para os efeitos negativos do álcool na saúde, bem como na esperança média de vida, estimando que nas próximas três décadas os portugueses percam um ano de esperança média de vida, em resultado de doenças relacionadas com o consumo de álcool diário.

As crianças que nunca experimentaram um estado de embriaguez têm 26 por cento de maior probabilidade de ter um bom desempenho escolar.

Se se mantiverem os atuais padrões de consumo em Portugal, a OCDE prevê que as doenças e lesões causadas pelo excesso de álcool provoquem um aumento de 2,3 por cento nas despesas com a saúde. Em paralelo, dar-se-á uma quebra na produtividade, o que também acarreta um efeito económico negativo.

“O Produto Interno Bruto de Portugal estimado é, em média, 1,9 por cento mais baixo até 2050, excluindo qualquer impacto sobre a indústria do álcool”, avisa o relatório.

Apesar de reconhecer boas práticas em Portugal no que diz respeito à sensibilização para os efeitos negativos do álcool, a OCDE recomenda que se reforcem políticas que combatam o consumo sem moderação.

Ao mesmo tempo, recomenda a fixação de preços mínimos das bebidas, cujo preço é considerado baixo, em Portugal.

Também na área da publicidade há um caminho a percorrer, quer através da proibição de anúncios, nos meios tradicionais, quer nos pontos de venda.

‘Prevenir a Utilização Nociva do Álcool’ estima que Portugal invista 1,6 euros por cidadão em medidas de combate ao consumo excessivo de álcool. Com este investimento, serão evitadas, até 2050, “542 mil doenças e lesões”, com uma correspondente poupança de “45 milhões de euros por ano em custos de saúde”.

“Por cada euro investido neste pacote de medidas, 16 euros serão devolvidos em benefícios, sem considerar qualquer impacto sobre a indústria do álcool”, conclui o relatório.

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