Os venezuelanos não puderam comer o pernil de Natal, como tinha prometido o Presidente, devido à interferência de uma potência estrangeira. “Sabotaram-nos. Posso acusar Portugal”, afirmou Nicolás Maduro.
Num discurso transmitido pela televisão, o chefe de Estado explicou que, apesar de ter assinado a ordem de importação, os pagamentos não foram feitos por sabotagem.
“Sabotaram-nos e posso acusar um país: Portugal”.
“Estava tudo pronto, porque comprámos todo o pernil que havia na Venezuela, mas tínhamos de importar e assim dei a ordem e assinei os pagamentos, mas perseguiram-nos as contas bancárias”, justificou Maduro.
O Presidente, que tinha prometido ao povo a manutenção da tradição de comer pernil de porco pelo Natal, acusou também Portugal de bloqueio marítimo.
“Perseguiram os dois barcos gigantes que vinham e sabotaram-nos”.
Um deputado, Diosdado Cabello, reforçou depois que a sabotagem de Portugal se deveu à pressão dos ‘gringos’, ou seja, dos EUA.
“Os portugueses comprometeram-se, os ‘gringos’ assustaram-nos e eles não mandaram os pernis”.
Portugal reagiu mais tarde, com o ministro Augusto Santos Silva a frisar que o Governo “não tem esse poder“.
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