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Portugal preparado para o ébola: DGS destaca controlo dos passageiros de avião

ebola Um português que veio da Libéria, afetada pela epidemia de ébola, garante que não foi controlado pelas autoridades. Graça Freitas, da DGS, assegura que esse controlo existe é realizado aquando do check-in dos passageiros que viajam por avião.

As autoridades de saúde de todos os países começam finalmente a dar atenção ao ébola, depois do surto que surgiu na África ocidental se ter transformado na maior epidemia da doença.

Em Portugal, não há sinais da doença, mas um português que veio da Libéria, um dos países mais afetados pela epidemia, afirmou ao Público que não foi sujeito a qualquer controlo para despistagem do vírus.

Uma acusação que é negada por Graça Freitas, a subdiretora-geral. Lembrando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não proibiu as viagens para os países mais atingidos pela epidemia (como é o caso da Libéria), a responsável afirmou que as transportadoras têm protocolos a cumprir quando surgem estas situações.

“As companhias aéreas, independentemente dos protocolos que existem nos próprios países, têm regras a cumprirem”, frisou.

“As tripulações fazem um controlo na altura do check-in, no embarque e desembarque e se encontrarem sinais de doença é que é acionado o protocolo”, sustentou Graça Freitas, referindo-se ao caso concreto do cidadão entrevistado pelo diário.

“Isto não quer dizer que não esteja a ser feito um controlo, as pessoas podem é não se aperceber que estão a ser observadas”, reforçou.

A subdiretora-geral da DGS insistiu que as tripulações das companhias aéreas estão treinadas para detetar quaisquer sinais de doença ou de alarme, pelo que é “normal” um passageiro, português ou de outra nacionalidade, sair do aeroporto sem ser abordado para despistagem do vírus.

Graça Freitas acrescentou que os cidadãos têm a responsabilidade pessoal de reportar qualquer mudança na situação de saúde às autoridades: “quero lembrar também que o período de incubação é de 21 dias. Eu posso desembarcar e estar tudo bem e só depois manifestar sintomas”.

O risco de ‘importação’ do ébola é reduzido, mas existe, apesar dos bons resultados dos protocolos cumpridos pelas companhias aéreas: “houve casos de pessoas que tinham sintomas e que vinham daqueles países africanos, foram investigadas em todo o mundo e deram todos negativos. Até agora, deste surto da África ocidental não foram exportados casos para outros países e, por isso, os voos e as viagens não estão impedidos”.

Graça Freitas concluiu lembrando que existem dois hospitais, um em Lisboa e outro no Porto, preparados para receber eventuais infetados com o vírus do ébola.

Desde o início da epidemia que já morreram 887 pessoas, a maior parte na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

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