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Portugal pode ajudar em alternativas à eletrocussão de cães vadios em Cabo Verde

O autarca com o pelouro do controlo dos cães na capital cabo-verdiana está disposto a equacionar outros métodos de abate de cães, além da atual eletrocussão, e tem o apoio das Ordens dos Veterinários de Cabo Verde e de Portugal.

A propósito da forma como os cães errantes estão a ser capturados e abatidos na cidade da Praia, o vereador da Cultura, Ambiente e Saneamento da Câmara Municipal da Praia, António Lopes da Silva, disse à Lusa que o que a autarquia faz é legal e está previsto nos regulamentos camarários.

A eletrocussão é o método utilizado para o abate dos animais, depois do recurso à estricnina, entretanto abandonado, o que tem provocado fortes críticas da parte da população, particularmente de elementos de associações de defesa do bem-estar animal.

O vereador considera que o problema do excesso de cães na cidade da Praia não se resolve com o abate, mas reconhece que a medida tem de ser determinada sempre que “a quantidade de cães ultrapassa o equilíbrio”.

Apesar de sublinhar que a eletrocussão é legal, admite equacionar outros métodos e afirma mesmo que todo o apoio é bem-vindo no sentido de encontrar forma de a situação melhorar.

A bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários de Cabo Verde, Sandy Freire, disse à Lusa que esta organização é contra este método de abate e defende a constituição de uma equipa com pelo menos dois veterinários para realizar esta e outras operações de controlo da população canina, como esterilização e castração.

Contudo, admite que faltam profissionais em Cabo Verde e que os sete existentes na cidade da Praia estão em outras funções.

A veterinária acredita, contudo, que muito mais há a fazer e que “a captura e a eletrocussão dos cães em Cabo Verde são apenas a ponta do iceberg de um problema muito mais complexo”.

Para Sandy Freire, esta situação só acontece porque não existe uma política pública que determine as medidas de controlo dos animais.

Sem um quadro legal, disse, é quase impossível melhorar as coisas.

Questionado pela agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários de Portugal, Jorge Cid, mostrou disponibilidade para ajudar Cabo Verde no que for possível a esta organização.

“Faremos o que for possível, com todo o gosto”, disse o bastonário, exemplificando esse apoio como protocolos de entreajuda, ações de formação, entre outros.

E acrescentou que basta a bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, a Câmara Municipal ou o Governo contactarem a Ordem dos Médicos Veterinários portuguesas para esta ajudar, dentro das suas possibilidades.

Lusa

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Lusa

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