De Angola chegam más notícias. José Eduardo dos Santos aprovou as quotas às importações, que nos artigos de primeira necessidade ficam limitadas a dois milhões de toneladas. Portugal é um dos principais vendedores e os analistas estimam uma perda de receita de 207 milhões de euros.
A crise chegou a Angola, que quer poupar nas importações. Portugal sai prejudicado com esta decisão.
A 23 de janeiro, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, terá aprovado o decreto que impõe um limite máximo de dois milhões de toneladas de artigos de primeira necessidade, isto referente ao ano em curso.
As quotas nas importações angolanas vão ter reflexos que, para Portugal, podem atingir um valor global de 207 milhões de euros.
Nos bens alimentares, quase 30 por cento das exportações portuguesas têm Angola como destino. No ano passado, as vendas de nove produtos (ovos, cebolas, arroz, farinha de trigo, óleo de girassol, açúcar, sumos, águas e cerveja) atingiram o valor de 207 milhões de euros.
A culpa está na queda contínua do preço do petróleo nos mercados internacionais. Face à diminuição das receitas obtidas com os produtos petrolíferos, Angola está a ser forçada a cortar nas importações.
“A única coisa que esperamos é que esta seja uma decisão transitória e, acima de tudo, que Angola recupere a capacidade de continuar a ser um destino relevante e privilegiado para os produtos portugueses”, comentou, ao Público, o diretor-geral da Federação das Indústrias Agro-Alimentares.
