Portugal pediu apoio à UE para repatriamento de cidadãos no Peru
Portugal pediu hoje à União Europeia (UE) para participar no financiamento do repatriamento de cidadãos europeus, 63 portugueses e 17 de outras nacionalidades, retidos no Peru, segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) enviada à Lusa.
“Hoje de manhã, ficou registado na plataforma informática do ERCC (Mecanismo Europeu de Proteção Civil) o pedido de cofinanciamento apresentado por Portugal para repatriamento de cidadãos da União Europeia desde Lima, Peru”, lê-se na nota.
Segundo o texto, “um avião com capacidade de 298 lugares” vai ser enviado a Lima para permitir “o regresso de cidadãos de Portugal (neste momento 63), mas também de 17 outras nacionalidades europeias”, voo cuja realização “já foi comunicada a todos Estados-membros da UE”.
A nota precisa ainda que o pedido foi feito depois de um trabalho preparatório, “feito, aliás, já em contacto com aquele Mecanismo”, para “a identificação dos cidadãos portugueses com necessidade de repatriamento”, “a identificação de outros europeus, nas mesmas circunstâncias” e “o planeamento do voo”, que implica a “obtenção da respetiva autorização por parte das autoridades peruanas, itinerário, datas, capacidade, etc.”.
O Mecanismo Europeu de Proteção Civil prevê um cofinanciamento de até 75% dos custos de transporte, nos casos em que o repatriamento inclui cidadãos de outros países da UE.
O novo coronavírus, na origem da doença covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
A situação é de momento especialmente grave na Europa, com países como Itália a registarem um número de mortes (5.476) superior ao da China continental (3.261).
Centenas de milhares de cidadãos europeus estão retidos em países estrangeiros devido ao cancelamento de voos ou suspensão de ligações aéreas decididos no âmbito das medidas tomadas para combater a propagação do novo coronavírus.