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Portugal “não precisa de pancadinhas nas costas” das agências de “rating”, diz Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou, este sábado, que Portugal “não precisa de pancadinhas nas costas” das instituições europeias e das agências de “rating”, mas sim de aproveitar o bom momento para lançar outra estratégia económica.

Ao intervir este sábado de manhã, no Encontro do Interior, em Tondela, Catarina Martins considerou que Portugal “não precisa de pancadinhas nas costas” das agências de “rating” e reforçou que “o ano de 2017 teve o pior, mas também teve bons indicadores e boas notícias para o país”.

“O enorme erro será se olhar para a tragédia nos impedir de ver as oportunidades económicas que temos de fazer melhor. O erro será também de algum deslumbramento com os dados económicos não nos permite ver a enorme tragédia que assolou o país ou os enormes problemas pela falta de um investimento público e de um modelo de desenvolvimento que chegue a todo o país e que não continue a abandonar o interior”, referiu.

Para Catarina Martins, “seria um dano irreperável se os bons dados da economia não servissem para responder a quem está mais fragilizado e não servissem para lançar outra estratégia económica”.

“Não há nenhum momento como este para que Portugal se afirme no quadro europeu e do ponto de vista nacional como um país que é capaz de virar as costas às políticas de austeridade, exigir a reestruturação da dívida pública e ter investimento público capaz do emprego, do ordenamento do território, de construir uma paisagem mais segura e um país mais igual. Este é o momento de o fazer”, vincou.

No entender da coordenadora do BE, este é um momento que o país deve aproveitar “para libertar os recursos essenciais ao investimento público e para, no momento em que a Europa está absolutamente desorientada, lutar por resgatar a sua soberania” e livrar-se “de um peso excessivo da dívida pública”.

A marca dos seis meses após a tragédia de Pedrógão foi também motivo de comentários por parte de Catarina Martins, que defendeu que “não basta dizer que se falhou”, mas que é necessária “coragem para assumir outros modelos de desenvolvimento e outras políticas para o território”.

“Para lá do apoio imediato, da solidariedade e do carinho que todo o país deve ter com quem sofreu tanto, tem de existir o assumir de responsabilidades, de uma política que combata a desertificação do território, que crie emprego e que lance uma estratégia económica de futuro no país”, sublinhou.

Neste sentido, Catarina Martins defende que, “seis meses depois de Pedrógão, e quando os indicadores da economia provam que a austeridade foi um erro e a alternativa é possível”, o país chegou a um momento de pensar numa “estratégia diferente.

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