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Portugal mostra classe na estocada final do apuramento da tormenta

portugal_bosniaPortugal bateu a seleção da Bósnia Herzegovina, no Estádio da Luz, e assegurou presença no Euro’2012, selando com classe um apuramento marcado pela tormenta, que o 6-2 disfarça. Aos ombros do talento de Cristiano Ronaldo, da segurança de Pepe, de três formigas no meio-campo e da eficácia de Postiga, a equipa de Paulo Bento chegou à Polónia e à Ucrânia, com uma passagem escusada pela Bósnia.

O melhor do apuramento estava mesmo marcado para o fim, na eliminatória de acesso ao Euro’2012. Num Estádio da Luz acolhedor e entusiasta, perante uma Bosnia-Herzegovina quase sempre tímida, mas por vezes desenvolta, Portugal provou que tem excessivo talento para ficar de fora do campeonato da Europa, que se disputa na Polónia e na Ucrânia.

Foi a estocada final de um apuramento que começou mal – basta recordar o empate com o Chipre, em casa, por 4-4… –, mas que terminou com glória, bem expressa nos números (6-2), no ambiente do Estádio da Luz e na festa dos jogadores portugueses.

Sem surpresas no onze, Paulo Bento repetiu a equipa que empatara na Bósnia e deu-se bem. Mas algumas figuras desse onze merecem nota de destaque. Desde logo, Cristiano Ronaldo, pelos golos que marcou (abrindo a contagem bem cedo) e pela alma que transportou para a equipa. Nani foi preponderante, num golpe de génio.

Outra pedra a realçar é Pepe. O defesa-central parece inultrapassável e repetiu uma excelente exibição, tal como fizera na Bósnia, na primeira mão da eliminatória. Um trio também merece realce: João Moutinho, a assistir, Raul Meireles, incansável, e Miguel Veloso, com um golo e uma bela exibição. Postiga parecia destinado à discrição, mas evitou esse destino com dois belos golos e uma eficácia tremenda.

Dois factos miseráveis a destacar, nesta noite de glória portuguesa: os assobios ao hino da Bósnia – os adeptos desceram ao nível de quem gritou por Messi – e uma arbitragem carregada de erros. O talento e o trabalho da seleção portuguesa disfarçaram erros imperdoáveis, quase sempre em prejuízo de Portugal.

Destaca-se um golo mal validado, que colocou a Bósnia na luta pela eliminatória, e uma grande penalidade evidente, por mão na bola que o juiz não viu. Estes lances acabam por passar despercebidos, porque há talento nesta equipa lusa. O Euro’2012 é o destino. Paulo Bento é um líder de jovens que procuram o sonho e carregam a alma de um país.

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