Só em França e na Espanha é que há mais ‘excêntricos’ do que em Portugal. Nos dez anos do Euromilhões, o primeiro prémio do concurso foi registado no nosso país em 52 ocasiões. Mas os portugueses, com oito em cada dez a apostar, são também dos que mais ‘investem’ na sorte.

A 8 de outubro de 2004, Portugal (entre outros países) parava para assistir a algo inédito: o primeiro sorteio de um concurso que prometia fazer ‘excêntricos’.

O Euromilhões faz dez anos e vai celebrar em grande, com um jackpot extra de 100 milhões de euros no sorteio de hoje.

Esta década tem sido agitada para os apostadores portugueses, que estão nos lugares cimeiros quanto a vencedores, montante apostado e até na relação de apostadores.

Só em Portugal, o primeiro prémio já tornou 52 apostadores em ‘excêntricos’, com o montante acumulado a atingir os 1117 milhões de euros.

Melhor só na Espanha, onde saiu em 75 ocasiões, e sobretudo na França, com 85 vencedores.

Mas Portugal é também dos que mais gasta e, além dos dois países já citados, só fica atrás do Reino Unido. Em dez anos, a receita atingiu os 9450 milhões de euros.

As estatísticas mostram ainda que oito em cada dez portugueses arriscam a sorte no Euromilhões.

Como curiosidade, refira-se que só à oitava semana do concurso é que uma aposta registada em Portugal acertou na chave vencedora, que valia 43,8 milhões de euros.

Segundo os dados do departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia, o Euromilhões transformou-se no jogo a dinheiro com maior notoriedade espontânea, contribuindo para 51,1 por cento das vendas brutas da instituição.

Se quiser associar-se à festa do décimo aniversário, a Santa Casa deixa uma dica estatística: os números mais sorteados nesta década foram o 50, o 4 e o 19, enquanto a 5, a 3 e a 2 foram as estrelas que saíram mais vezes.