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Portugal está a “pagar caro as afrontas cometidas por outros”, diz François Hollande

Os portugueses, tal como gregos e espanhóis, “estão a pagar caro as afrontas cometidas por outros”. Quem o assume é o Presidente da França, François Hollande, que rejeita a “punição perpétua” e quer propor uma “perspetiva que não seja apenas a da austeridade”.

Numa longa entrevista dada em conjunto a vários jornais, o Presidente da França, François Hollande, critica a austeridade imposta aos países do Sul e fala diretamente para portugueses, gregos e espanhóis: “chegou a hora de oferecer uma perspetiva que não seja apenas a da austeridade”.

Contextualizando, Hollande foi questionado sobre o que diria a um grego que não tivesse dinheiro para ir ao médico: “que vou fazer tudo o que é possível para que a Grécia permaneça na Zona Euro e que tenha os recursos indispensáveis até ao final do ano, sem que seja necessário impor novas condições além daquelas que já foram aceites pelo governo de Samaras”.

“Mas também me dirijo aos espanhóis e aos portugueses, que estão a pagar caro as afrontas cometidas por outros: chegou a hora de oferecer uma perspetiva que não seja apenas a da austeridade”, complementou.

O lugar da França é liderando essa perspetiva, assumindo a recusa da “divisão da Europa” entre um Norte rigoroso nos gastos e um Sul com fama de gastador. “Não é possível, para o bem de todos, impor uma punição perpétua a algumas nações que já fizeram sacrifícios consideráveis se as populações não veem, em momento algum, os resultados dos esforços”, criticou Hollande.

A “punição” tem de dar lugar a uma estratégia que relance “a procura interna através de um aumento de salários e de uma redução das retenções”, passo que teria de ser inicialmente dado pelos países com excedente orçamental. “Resde a minha eleição, fiz todos os possíveis para que a Europa adote como prioridade o crescimento, sem colocar em causa a seriedade orçamental”, recordou.

“O papel de França deve consistir em dizer, sem descanso, aos nossos sócios que a austeridade não é uma fatalidade”, insistiu o Presidente francês, para quem a solução da crise na zona euro só será resolvida depois de solucionado o problema grego e, “depois, respondendo às exigências dos países que efetuaram as reformas exigidas e que devem dispor de financiamento a um preço razoável”.

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