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Portugal era “aluno modelo” mas enfrenta “viragem” após austeridade excessiva de Passos

Artigo sobre Portugal – ‘O ponto de viragem: Quanta austeridade é demasiada austeridade?’, da revista The Economist – aponta mudança social, num país que deixa de ser um “aluno modelo” para se transformar num exemplo da reação à austeridade excessiva. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “pode ter aplicado reformas além do limite”.

A revista inglesa The Economist coloca Portugal em destaque, na sua edição desta sexta-feira, considerando que o Governo pode ter aplicado austeridade para além do limite do aceitável.

“Em duas semanas, Portugal deixou de ser tem aluno modelo – elogiado em Bruxelas e Frankfurt – para passar a ser um exemplo dos perigos enfrentados pelos governos que aplicam austeridade além do limite do sofrimento dos cidadãos”, escreve o The Eonomist.

A revista britânica considera que o “ponto de viragem” deu-se no discurso de Passos Coelho, onde são anunciados os aumentos das contribuições para a Segurança Social, por parte dos trabalhadores, e as reduções para as empresas.

“Nos 15 minutos que Passos Coelho precisou para anunciar o seu plano, na televisão, no início deste mês, ele conseguiu a notável proeza de unir não só os partidos de oposição contra o seu plano “intolerável”, mas também sindicalistas, grandes empresas e economistas”, pode ler-se naquela publicação.

Segundo o The Economist, poderão estar abertas “brechas potencialmente irreparáveis” entre os dois partidos que forma o Governo. A revista lembra que centenas de milhares de manifestantes saíram para as ruas na maior manifestação em Portugal contra a austeridade”.

Neste artigo, é colocada em cima da mesa a possibilidade de alguns dos deputados da maioria, que compõem a coligação do Governo, poderem abster-se ou votar contra o Orçamento de Estado. É um cenário pouco provável, mas o The Economist alerta para esse potencial problema, que abriria portas a uma crise política.

“O primeiro-ministro está a ser fortemente pressionado para modificar e recuar no seu plano. Esta decisão poderia poupar Portugal uma crise política fatal. Mas será tarde demais para salvar o primeiro-ministro do dano já infligido à coligação e à sua própria relação com os eleitores”, pode ler-se.

O The Economist’ realça que o Governo pode ter sido bem sucedido na aplicação das medidas de ajustamento (em teoria, e numa comparação com a Grécia), mas Passos Coelho estará a concluir que a austeridade não pode superar o limite, mesmo que os cidadãos estejam a manifestar-se pacificamente em Lisboa, ao contrário das manifestações violentas da Grécia.

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