Categorias: Economia

Portugal em recessão em 2013 e incapaz de regressar aos mercados

Portugal continuará em recessão, em 2013, e a economia necessita de um novo plano de apoio, segundo a Fitch, que prevê incapacidade do país em regressar aos mercados, apesar do sucesso do plano de ajustamento. Este cenário foi mais tarde encarado como possível, por parte do Governo. O INE mostra que a recessão no primeiro trimestre de 2012, está abaixo do previsto.

De acordo com a Fitch, a recessão vai manter-se no próximo ano e levará a que Portugal não consiga regressar aos mercados de financiamento, no segundo semestre de 2013, independentemente do sucesso do programa de ajustamento.

Um dia depois de serem conhecidas as previsões da agência de notação, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, também veio abrir as portas a este cenário, explicando que, se a recessão for resultado de fatores alheios a Portugal, o memorando de entendimento prevê um novo pacote de ajuda.

E a economia portuguesa deverá contrair 1,5 por cento, segundo o relatório da agência de rating Fitch, divulgado ontem, que aponta para recessão em Portugal, em 2013, mesmo que o país seja capaz de aplicar das medidas inscritas no memorando.

Não obstante serem levantados fantasmas de recessão para o próximo ano, a Fitch dá nota de diversos factos que permitem acalentar um “otimismo prudente”. Portugal assinala evoluções positivas, sobretudo no que diz respeito ao respeito do compromisso estabelecido no memorando.

A Fitch alerta para “diversos fatores” que deixa perceber que “o ajustamento económico e as reformas na economia portuguesa revelam sinais promissores”. Acresce que há uma diminuição evidente do défice de conta corrente (sendo que nesta terça-feira foram apresentados pelo INE números de recessão mais tênues).

Mas nem tudo são boas notícias para Portugal, já que a agência de rating Fitch denota “desafios” que o país terá peça frente, no ano em curso e nos próximos, num cenário macroeconómico de grande deterioração e perante o problema da recessão.

Estas indicações da Fitch batem certo com as palavras do ministro Vítor Gaspar, que coloca o cenário de nova ajuda externa, mas lembrando que essa situação está prevista e que não representa qualquer correção do rumo definido.

Por outro lado, um dia depois da Fitch ter perspetivado este cenário, dados do INE apontam indicadores positivos no que diz respeito à recessão, com uma quebra de apenas 0,1 por cento no primeiro trimestre de 2012 – muito abaixo das perspetivas de um por cento.

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