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Portugal é um dos países da UE que mais tem reduzido crédito malparado

O total de crédito malparado nos bancos portugueses caiu cerca de 24 mil milhões de euros nos últimos três anos, contribuindo para que os empréstimos de cobrança duvidosa na UE continuem em declínio, segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.

O quarto relatório sobre os progressos na redução do crédito malparado na União Europeia (UE), hoje publicado pelo executivo comunitário, revela que o rácio dos créditos em incumprimento “continua a sua trajetória descendente, rumo aos níveis registados no período anterior à crise” económica e financeira, tendo sido reduzidos em mais de metade desde 2014, com Portugal a acompanhar essa tendência nos últimos três anos, com uma redução em torno dos 50 por cento desde 2016.

A Comissão aponta que “tem trabalhado de forma construtiva com os Estados-membros em busca de soluções para casos específicos na banca, no quadro das regras bancárias e de ajudas estatais, com o claro objetivo de limitar custos para os contribuintes, garantindo ao mesmo tempo que os depósitos permanecem sempre protegidos”.

“Tal permitiu transações que removeram cerca de 133 mil milhões de euros de crédito malparado das folhas de balanço dos bancos ao longo dos últimos três anos, incluindo cerca de 103 mil milhões de euros em Itália, aproximadamente 24 mil milhões de euros em Portugal, e perto de seis mil milhões de euros em Chipre”, aponta Bruxelas.

Segundo dados divulgados em abril pelo Banco de Portugal – mais atualizados do que aqueles hoje publicados pela Comissão Europeia, que remontam ao terceiro trimestre do ano passado -, os bancos portugueses reduziram o crédito malparado acumulado em 50 por cento entre junho de 2016 e dezembro de 2018, tendo o rácio de malparado descido para 9,4 por cento no final do ano passado.

Segundo a publicação ‘Desenvolvimentos Recentes do Sistema Bancário’, em dezembro passado o valor bruto do crédito malparado era ainda assim de 25.850 milhões de euros, o que corresponde a um rácio de malparado (crédito malparado face ao crédito total) de 9,4 por cento em dezembro.

O rácio de malparado nos bancos que operam em Portugal tem vindo a baixar nos últimos anos, face ao máximo de 17,9 por cento atingido em junho de 2016 (17,5 por cento em 2015, 17,2 por cento em 2016 e 13,3 por cento em 2017).

Os bancos portugueses estão, no entanto, ainda longe da média do crédito malparado na zona euro, que era em meados de 2018 de cerca de 5 por cento do total.

A Comissão Europeia nota que, “apesar de claras melhorias, os elevados rácios de crédito malparado continuam a ser um desafio em alguns Estados-membros e merecem atenção permanente”, pelo que exorta os 28 e o Parlamento Europeu a “acelerar o trabalho em torno das propostas legislativas pendentes para complementar a ação da UE para fazer face a este problema”.

Lusa

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