Portugal e Espanha são “cisnos elegantes” para a captação do investimento estrangeiro, depois de anos a serem os “patinhos feios”. O argumento foi dado pelo ministro da Economia, Pires de Lima, como um elogio aos “casos de sucesso” na resposta à crise europeia.
Portugal e Espanha já não são, para Pires de Lima, os “patinhos feios” dos investidores. Graças aos plano de ajustamento impostos pelos credores, são agora “cisnes elegantes”, no entender do ministro da Economia.
“Rapidamente, passámos da condição de patinhos feios para cisnes elegantes aos olhos dos investidores”, sustentou António Pires de Lima, num evento promovido pela Câmara do Comércio e Indústria Luso Espanhola.
“Portugal e Espanha têm sido apontados como casos de sucesso”, reforçou o governante.
Apesar dos elogios, o ministro da Economia optou por um discurso prudente para analisar os “casos de sucesso” que apresentam taxas de desemprego superiores a 15 por cento.
“É preciso fazer chegar a retoma à vida das pessoas”, explicou Pires de Lima, procurando enquadrar “esta história de euforia que nos querem contar”.
“Não se pode falar em sucesso com uma taxa de desemprego superior a 15 por cento
“ e quando “uma boa parte dos jovens talentosos têm dificuldade em encontrar a sua oportunidade na Península Ibérica”, explicou-se.
Se é verdade que Portugal, tal como a Espanha, encontra-se atravessar um “momento de viragem económica, em que começam a surgir sinais económicos mais sustentáveis”, torna-se urgente “fazer chegar esta retoma à vida das pessoas”.
“Trata-se de uma questão de justiça”, insistiu Pires de Lima, embora sublinhando que, nos casos português e espanhol, “a condição de estrelas ascendentes é justa”.
“A melhor maneira de as empresas ajudarem a economia é acreditaram no País e investirem em Portugal”, afirmou o ministro da Economia, dirigindo-se diretamente aos empresários que participaram no mesmo evento.
“Preciso do vosso investimento para criar riqueza e emprego”, admitiu Pires de Lima.