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Portugal deve aproveitar a faixa transfronteiriça para se desenvolver, diz António Costa

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que o país deve “aproveitar plenamente todos os seus recursos” e não continuar a desperdiçar a faixa transfronteiriça de Portugal e Espanha.

“O tempo de termos as costas voltadas a Espanha ficou há séculos atrás. Hoje somos parceiros na União Europeia, num único mercado ibérico”, afirmou António Costa, em Nelas, durante uma visita à empresa Luso Finsa – Indústria e Comércio de Madeira S.A.

Na sua opinião, Governo, autarquias, instituições e empresas têm que “ser capazes de aproveitar as sinergias desta proximidade” para ajudar a desenvolver Portugal e também as regiões fronteiriças de Espanha.

“Quanto mais nos envolvermos de um lado e do outro da fronteira, mais nos ajudamos a todos a desenvolver em conjunto, nesta economia global”, considerou.

Pertencente ao grupo Finsa, com origem na Galiza, a empresa de Nelas assinou hoje um contrato de investimento no valor de 49,5 milhões de euros. Este investimento prevê a criação de mais 51 postos de trabalho até 31 de dezembro de 2021 e a manutenção dos atuais 262 empregos diretos até 31 de dezembro de 2026.

António Costa frisou que “está nos planos estratégicos da empresa o desenvolvimento da utilização da ferrovia”, o que entende, visto tratar-se de “uma empresa que utiliza 60 mil camiões por ano”.

Segundo António Costa, é a pensar em empresas como a Luso Finsa que a prioridade de investimento do Governo em termos de infraestruturas se centra nos portos e na ferrovia.

“A ferrovia como motor do transporte com menor custo ambiental, não só para o conjunto do mercado ibérico, não só para o centro da Europa, mas para os portos”, justificou.

Com estes investimentos, o Governo quer que “as empresas tenham melhores condições para receberem as suas matérias primas e para poderem exportar as suas produções”, acrescentou.

Depois de um dia em que passou por Vila Velha de Ródão para inaugurar a empresa Roclayer, pela Guarda para assinar um contrato de investimento na Coficab e, por fim, por Nelas, António Costa disse que não se pode falar em “fatalidade do interior” do país.

“Estes três exemplos demonstram bem que não há nenhuma fatalidade relativamente àquilo que nos habituámos a designar por interior. Pelo contrário, esta é a zona do nosso território que tem o maior potencial para nos desenvolvermos”, frisou.

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