Ciência

Portugal defende entrada da ESA em novas indústrias e pequenos portos espaciais

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defendeu hoje a entrada da Agência Espacial Europeia (ESA) em novas indústrias e a construção de pequenos “portos espaciais”, e salientou a necessidade do reforço de programas de observação da terra.

No final do segundo e último dia de uma visita à ESA, durante a qual se reuniu com o diretor-geral da agência, Jan Worner, o ministro disse à Lusa que o principal objetivo da reunião foi “discutir e articular a posição de Portugal na ESA, no que respeita à preparação da cimeira ministerial de 25 de outubro, em Madrid, na qual vão ser debatidas questões estratégicas e programáticas da Agência Espacial Europeia.

Manuel Heitor disse à Lusa que assinalou também o interesse de Portugal em apoiar o desenvolvimento da ESA como agência espacial e salientou duas áreas que apoia: o reforço da observação da Terra “e o desenvolvimento de um programa específico para o Atlântico, no âmbito do qual a intervenção do AIR Center (Centro Internacional de Investigação do Atlântico) a ser instalado nos Açores, deve ser dignificada e reforçada no futuro, sobretudo no que diz respeito ao potencial desenvolvimento de uma constelação de pequenos satélites” para a análise de aspetos ligados a alterações climáticas, biodiversidade, agricultura ou segurança marítima.

A outra área salientada por Portugal, nas palavras do ministro, foi a necessidade de a ESA “abrir uma área de intervenção nas novas indústrias espaciais, sobretudo associadas ao lançamento de programas de pequenos satélites, democratizando o acesso ao espaço”.

“Hoje a minha posição foi clara. De que a ESA deve apoiar a instalação na Europa de pequenos portos espaciais”, afirmou Manuel Heitor. O ministro lembrou que há estudos sobre esses pequenos lançadores espaciais, que serão apresentados em setembro, apontando alguns deles para a instalação nos Açores, no âmbito do AIR Center.

O AIR Center, Centro Internacional de Investigação do Atlântico, foi criado em finais do ano passado e vai estudar o espaço, mas também os oceanos, o clima ou a energia.

Na reunião de hoje o ministro salientou a necessidade de reforçar programas de observação para a terra, que dinamizem novas empresas do espaço “e sobretudo usando o Atlântico como plataforma para novos desenvolvimentos e aplicações “.

O Governo português aprovou a 25 de fevereiro uma estratégia para o espaço e a instalação de uma agência espacial em Portugal. Manuel Heitor apresentou na ESA essa estratégia e debateu em que termos a agência europeia pode apoiar.

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