“Portugal continua um paraíso para a grande corrupção”, escreve Rui Pinto
Criador do Football Leaks recorre às redes sociais para agradecer “apoio e solidariedade”, para garantir que “a luta continua” e para defender que “Portugal continua a ser um paraíso para a grande corrupção”.
Rui Pinto assumiu hoje que a “árdua e longa ‘travessia do deserto’” chegou ao fim, aludindo à sua libertação, mas avisou que “a luta continua”, pois Portugal “continua um paraíso para a grande corrupção” e branqueamento de capitais.
“Um bem-haja a todos aqueles que desde a primeira hora demonstraram o seu apoio e solidariedade. Finalmente esta árdua e longa ‘travessia do deserto’ chegou ao fim”, escreveu o criador da plataforma Football Leaks na sua conta oficial do Twitter.
“Mas a luta continua, porque volvidos quase dois anos, Portugal continua um paraíso para a grande corrupção e para o branqueamento de capitais. É agora mais do que nunca, que precisamos de união e resiliência. Portugal tem de mudar”, prosseguiu.
A publicação surge depois de, na sexta-feira, Margarida Alves, presidente do coletivo de juízes vai julgar Rui Pinto, ordenar a libertação do arguido que, entre sábado e domingo, abandonou as instalações da Polícia Judiciária, e, por razões de segurança, ficou inserido no programa de proteção de testemunhas, em residência com vigilância policial.
Rui Pinto começa a ser julgado em 04 de setembro por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen.
Em setembro de 2019, o Ministério Público acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR).