Na véspera do segundo dia do Conselho Europeu que vai definir os fundos comunitários para 2014-2020, o presidente Herman Van Rompuy sugere que Portugal tenha direito a um ‘bónus de coesão’, com 900 milhões para o território continental e 100 milhões para a Madeira.

O Conselho Europeu volta a reunir hoje para definir o Orçamento comunitário para o período 2014-2020, embora políticos e analistas duvidem que seja possível concluir as negociações até ao final do dia. Na mesa vai estar uma proposta de um ‘bónus de coesão’ para Portugal, no valor de mil milhões de euros, da autoria de Herman Van Rompuy.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, o objetivo desta medida é minorar o corte no orçamento comunitário: a primeira de todas as propostas cortava só 50 mil milhões, mas há países que defendem uma redução na ordem dos 200 mil milhões. Portugal teria direito a uma verba autónoma, com 900 milhões para o território continental e 100 milhões para a região autónoma da Madeira.

Este ‘bónus’ seria concedido no âmbito dos fundos estruturais destinados a regiões mais desenvolvidas, compensando Portugal pela política de austeridade da troika e minorando o corte previsto em Quadro de Referência Estratégica Nacional, que deve rondar os 14 por cento em relação ao QREN anterior.