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Portugal: Cancro do colo dispara devido à má alimentação

cancro do colonOs números sobre o cancro em Portugal são assustadores. Os especialistas estão alarmados com o aumento do cancro do cólon, associado à má alimentação que fazemos. De 45.000 novos casos de tumores malignos, quase 5000 foram diagnosticados no cólon.

‘Nós somos o que comemos’ é uma expressão que tem um novo sentido quando analisamos o mais recente Registo Oncológico Nacional, que apesar de se referir ao ano de 2009 é o estudo mais recente sobre a realidade do cancro em Portugal.

Quando ao relatório se junta o recente aviso da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os riscos das carnes processadas associados ao cancro (de outubro de 2015), a realidade torna-se ainda mais preocupante.

Se nós somos o que comemos, então somos cada vez mais o cólon. Os dados do Registo Oncológico Nacional mostram que o cancro do cólon é o que tem registado um aumento mais assustador, sendo apenas batido em termos absolutos pelo cancro da mama, nas mulheres, e cancro da próstata, nos homens.

E a culpa, como refere a expressão, é do que comemos. As mudanças na alimentação, com a sopa, os legumes e a fruta a perderem peso para comidas cheias de gordura e hidratos de carbono, são apontadas pelos especialistas como o principal motivo para este aumento do impacto do cancro do cólon.

Das 44.605 novas neoplasias malignas diagnosticadas em 2009 (24.220 nos homens e 20.385 nas mulheres), quase 5000 foram de cancro do cólon.

“As mudanças no cancro têm de ter décadas para se notarem e a subida no cólon, quase igual para homens e mulheres, é devida às alterações na alimentação, sobretudo nos grandes centros urbanos”, adiantou a coordenadora do Registo, Ana Miranda.

O relatório serve de alerta, frisou, para os portugueses regressarem “à alimentação mediterrânica, com sopas, frutas e vegetais, e para reduzir o sal, a gordura e o açúcar”.

De acordo com os dados do estudo, o cancro que mais ameaça os portugueses (em particular as mulheres) é o da mama, com 5966 casos novos, seguindo-se o cancro da próstata (nos homens), com 5433 tumores.

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