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Portugal tem 1,1 milhões de eleitores que já morreram ou estão emigrados

Segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), Portugal tem 9,4 milhões de eleitores. E de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), há somente 8,3 milhões de pessoas com mais de 18 anos. Significa portanto que 1,1 milhões de cidadãos constam dos cadernos eleitorais, mas já morreram ou estão emigrados. Vamos lá falar de abstenção?

As eleições autárquicas trouxeram uma boa notícia: a abstenção em Portugal desceu, depois de ter atingido a mais alta taxa nas autárquicas de 2013, então com 47,4 por cento.

A queda foi ligeira, para 45 por cento, mas veio colocar um travão numa realidade que se acentuava – um crescente divórcio entre eleitores e as urnas de voto.

Porém, há dados que contribuem para números de abstenção altos. Segundo a CNE, Portugal tem 9,4 milhões de eleitores. E de acordo com o INE, tem apenas 8,3 milhões de pessoas com mais de 18 anos.

Há, portanto, 1,1 milhões de eleitores que, apesar de constarem dos registos, ou já morreram, ou estão emigrados (mantendo residência e cartão de cidadão).

No interior do país, há casos de concelhos com mais de 50 por cento de eleitores do que população real.

Quando os cadernos eleitorais forem atualizados, verificar-se-á uma queda da abstenção automática – fenómeno que já ocorreu no passado.

Uma realidade tem de ser sublinhada: mesmo que os dados estivessem atualizados e que não existisse qualquer discrepância, a percentagem de eleitores que não cumprem esse dever cívico é extremamente elevada e tem de ser combatida.

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