Economia

Portos portugueses movimentam mais 4,3 por cento de carga até fevereiro

Os portos de Portugal Continental movimentaram mais 4,3 por cento de carga até fevereiro face ao mesmo período de 2018, atingindo 15,35 milhões de toneladas, divulgou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

De acordo com um relatório de atividades de fevereiro da AMT, “ao período de dois meses corresponde um acréscimo global de 627 mil toneladas, com destaque para o contributo dos portos de Sines [+744 mil toneladas], Leixões [+110 mil toneladas] Setúbal [+90 mil toneladas] e Viana do Castelo [+26 mil toneladas] na anulação das quebras registadas nos portos de Lisboa [-208 mil toneladas, Figueira da Foz [-88 mil toneladas], Aveiro [-37 mil toneladas] e Faro [-9 mil toneladas]”.

O desempenho global positivo do sistema portuário do continente resultou das tipologias de carga ‘produtos petrolíferos’ (+451 mil toneladas), ‘carga contentorizada’ (+435 mil toneladas), ‘carvão’ (+174 mil toneladas) e ‘carga fracionada’ (+121 mil toneladas), inversamente às quebras de ‘petróleo bruto’, ‘outros granéis sólidos’ e ‘produtos agrícolas’.

Segundo a AMT, “os acréscimos registados nos 32 mercados com desempenho positivo devem-se, em maioria, aos portos de Sines e de Leixões na ‘carga contentorizada’, ‘carvão’ e ‘produtos petrolíferos’, sendo que, “em termos de desempenho positivo, também o porto de Aveiro ganha destaque com a ‘carga fracionada'”.

Relativamente aos mercados com desempenho negativo, num total de 18 no período em análise, assinala-se o ‘petróleo bruto’ nos portos de Sines (-17,4 por cento) e de Leixões (-24,8 por cento), seguido da ‘carga contentorizada’ no porto de Lisboa (-14,4 por cento), ‘outros granéis sólidos’ nos portos de Aveiro (-27 por cento) e de Lisboa (-19,4 por cento) e a ‘carga fracionada’ no porto da Figueira da Foz (-39 por cento).

Os portos de Setúbal e Leixões registaram, até fevereiro, “a melhor marca de sempre” no segmento dos ‘contentores’, segmento que registou um aumento de 10 por cento em termos de desempenho global, com 495.814 TEU [medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor].

Também o porto de Sines registou um aumento de 14,1 por cento face ao período homólogo de 2018, com um volume de 291.961 TEU, enquanto Lisboa e Figueira da Foz registaram variações negativas de 11,2 por cento e 12,3 por cento respetivamente.

A AMT nota que o porto de Sines manteve a liderança deste segmento de mercado em janeiro e fevereiro de 2019, com uma quota de 58,9 por cento, mais 2,1 pontos percentuais face ao mesmo período de 2018, e que também o porto de Leixões aumentou a sua quota para 22,3 por cento (+2,5 pontos percentuais), inversamente a Lisboa e Setúbal, com um decréscimo de 3,1 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente.

Ainda no porto de Sines, é destacado o decréscimo do peso do ‘transhipment’ no volume movimentado no próprio porto e o “forte crescimento” no tráfego com o ‘hinterland’, que registou um acréscimo de 43,6 por cento, superior em 24,3 por cento ao volume movimentado em Lisboa e inferior em 27,4 por cento ao porto de Leixões.

Em termos de escalas, o valor registado no período em análise (1.622) representa uma quebra de 3,9 por cento face a 2018, assinalada em todos os portos à exceção de Setúbal (que aumentou 6,1 por cento) e de Sines, que manteve o valor registado em 2018. A quebra mais significativa ocorreu em Lisboa e na Figueira da Foz.

Já no que concerne à arqueação bruta, o porto de Leixões assinalou “a melhor marca de sempre” nos períodos homólogos, tendo ultrapassado os 5,2 milhões, num acréscimo de 10,8 por cento, sendo ainda assinalado o crescimento em Sines, com 15,5 milhões, correspondente a mais 10,9 por cento. Os restantes portos registam uma quebra neste indicador, mais intensa nos portos de Lisboa e de Setúbal.

No período em análise, Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são apontados pela AMT como “os portos com perfil ‘exportador'” (com volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada), apresentando quocientes entre carga embarcada e o total movimentado de 55,5 por cento, 69,8 por cento, 53,8 por cento e 100 por cento, respetivamente.

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