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Porto: PS dividido entre os “princípios” e a “governação” com Rui Moreira

manuel pizarroO PS não consegue definir a posição que vai assumir na Câmara do Porto. Uma parte, afeta à concelhia, defende um “acordo de governação” com Rui Moreira, mas a outra ala, ligada à distrital, pretende apenas um “acordo de princípios”. E ainda sobram os que defendem a oposição.

Os resultados das autárquicas no Porto ameaçam provocar uma implosão entre as hostes socialistas. A segunda força mais votada não consegue definir qual o rumo a traçar: a coligação com o presidente eleito, uma política de acordos pontuais para permitir a governabilidade da Câmara ou a oposição ‘pura e dura’.

Como o movimento independente de Rui Moreira falhou a maioria absoluta, o presidente eleito demonstrou disponibilidade para estudar uma forma de governar com o PS. Manuel Pizarro, o cabeça de lista nas autárquicas e líder da concelhia socialista, é um dos que defende um “acordo de coligação” que permita garantir a gestão da cidade e, ao mesmo tempo, de alguns dossiês que assegurem a ‘existência mediática’ do PS na Câmara do Porto.

Se uma parte dos socialistas defende esta coligação pós-eleitoral, uma outra parte rejeita-a. José Luís Carneiro, presidente da distrital, é o principal opositor à ideia do PS assumir pelouros na Câmara do Porto, por entender que a responsabilidade política iria inibir a candidatura socialista nas próximas autárquicas.

Esta força defende que os autarcas socialistas devem assumir um “acordo de princípio” que permita a Rui Moreira gerir a autarquia sem que o PS fique ‘amarrado’ a memorandos de entendimento. A única hipótese, para esta ala, era o compromisso do presidente eleito ser o cabeça de lista socialista nas próximas autárquicas.

O problema pode não ficar resolvido amanhã à noite, quando se reune a concelhia, nem na próxima segunda-feira, dia em que estão agendadas reuniões do secretariado e da comissão política da federação distrital.

Nesta equação entra um outro elemento. Há ainda uma parte do PS (minoritária quando perante as outras duas) que defende uma política de oposição ao executivo de Rui Moreira. 

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