Porto é líder no ensaio clínico de tratamento da doença inflamatória intestinal

Uma cientista portuguesa do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto, será a líder de um ensaio clínico que pretende desenvolver um novo tratamento para a doença inflamatória intestinal, uma patologia que afeta 15 mil portugueses.

É pretendido com este ensaio clínico testar “um agente de origem natural, não tóxico, de baixo custo e com propriedades imunomoduladoras (efetivas no controlo da resposta imune da inflamação intestinal)”, que consiga atuar na doença inflamatória intestinal – colite ulcerosa e doença de Crohn – segundo declarações da coordenadora do projeto, Salomé Pinho, à agência Lusa.

O agente já foi testado em modelo animal, revelando que a “eficácia no controlo da inflamação intestinal e na supressão da progressão e severidade da doença”, podendo ser utilizado como terapia simples ou juntamente com outros fármacos.

De acordo com a investigadora, quem sofre desta doença tem uma pirâmide terapêutica, que começa com uma terapia anti-inflamatória de base que depois é aumentada à medida que deixa de ser possível controlar as crises, pelo que é necessário avançar para medicamentos mais agressivos e com diversos efeitos secundários. No topo da pirâmide encontra-se a cirurgia.

Com este novo agente, “o doente pode descer essa escalada terapêutica e, em associação com os fármacos de base da pirâmide, controlar a atividade da doença, evitando a passagem para medicamentos mais agressivos”, explica Salomé Pinho.

“O mais importante é que é possível, com recurso a este novo agente, conseguir controlar os estágios de remissão da doença, regulando assim a doença de forma mais sustentada e mais prolongada ao longo do tempo, evitando a tal escalada terapêutica”, acrescentou, à Lusa.

O ensaio clínico terá início no primeiro trimestre de 2017 e vai contar com a participação de mais de 100 pacientes, prevendo-se que os primeiros resultados sejam divulgados dentro de um ano e meio.

O projeto será desenvolvido no Centro Hospitalar do Porto e no Hospital de Santo António, em colaboração com o Hospital de São João, também situado no Porto. Este projeto conta com o financiamento da fundação americana ‘Crohn’s & Colitis Foundation of America’ (CCFA), uma instituição voluntária que se dedica à descoberta de curas para doenças inflamatórias intestinais.

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