A Câmara do Porto reuniu hoje pela primeira vez após as autárquicas de 29 de setembro. Como o presidente Rui Moreira optou por governar com o PS, o PSD assumiu ter ficado “chocado” pela falta de convite e criticou a opção por uma “coligação contra-natura”.
Afastado do poder na Câmara do Porto, o PSD carregou nas críticas logo na primeira reunião do novo executivo. Amorim Pereira assumiu que o partido ficou “chocado” por o presidente eleito, Rui Moreira, ter preferido aliar-se ao PS para garantir a governação do município. É, para os ‘laranjas’, “uma coligação contra-natura do ponto de vista político e um pré-compromisso com três vereadores”.
“Chocou-me”, admitiu Amorim Peireira, tomar conhecimento do acordo entre o movimento independente encabeçado por Rui Moreira e apoiado pelo CDS e o PS sem que o novo presidente da Câmara “tenha feito qualquer aproximação ao PSD”.
A crítica foi feita na primeira reunião do novo executivo da Câmara, cuja duração pouco excedeu uma hora. Rui Moreira respondeu ao vereador do PSD: “aquilo que nós fizemos e assumimos é que conseguimos um entendimento com base em questões programáticas que, no nosso entender, é útil para a cidade do Porto. Não considero a governabilidade um valor absoluto, mas considero a governabilidade um valor importante para uma cidade, principalmente nesta conjuntura”.
Uma “governabilidade” que será assegurada por sete vereadores a tempo inteiro: cinco do movimento independente de Rui Moreira e dois do PS a quem serão entregues alguns pelouros, ainda não divulgados.
A reunião de hoje terminou sem a aprovação de um novo regimento mas com um agendamento quinzenal das reuniões camarárias. PSD e CDU votaram contra, pois defendiam a periodicidade semanal.