O porteiro de um prédio de luxo numa zona nobre de Long Island foi despedido por ser “demasiado simpático”. Quando um morador precisava de um favor, como regar as plantas ou ver se um animal estava bem, Ralph Body nunca recusava ajudar. Agora, os inquilinos exigem o ‘seu’ porteiro de volta.

O excesso de zelo pode fazer mal a uma carreira profissional: que o diga Ralph Body, o porteiro despedido por ser “demasiado simpático”.

Quando o ‘27 on 27th’ abriu, há dois anos, numa das zonas mais nobres de Long Island, nos EUA, um homem de 39 anos ficou com o emprego de porteiro. Ao longo do tempo, os inquilinos foram-se familiarizando com Ralph Body, que se tornou indispensável.

Quando um morador ia ficar ausente e não podia regar as plantas ou mudar a areia de um gato, sabia que podia contar com o prestável porteiro. Era quase da família e todos no prédio, um dos mais luxuosos da zona (com rendas na ordem dos 4200 dólares por mês), confiavam em Ralph Body.

Todos… menos os patrões. Um dia, o porteiro, agora com 41 anos, foi chamado pela administração, que lhe comunicou o despedimento.

“Eles disseram que sabiam que tudo o que eu fazia era pelas melhores razões, mas infelizmente era ‘demasiado simpático’ para os inquilinos”, contou o porteiro despedido.

Ralph Body ainda se defendeu, alegando que só cumpria os pedidos dos moradores ou fazia o que tinha mesmo de ser feito, “mas disseram que estava a fazer mais do que devia”, acrescentou.

O despedimento não chocou só o porteiro. Os inquilinos do ‘27 on 27th’, quando souberam do que tinha acontecido, abriram uma petição, intitulada ‘We stand with Ralph’, para exigir a reintegração do funcionário.

Na petição não faltam elogios ao porteiro, como este: “Muitos podem atestar a bondade do Ralph e a vontade de fazer com que as pessoas se sintam acolhidas e seguras. Numa cidade movimentada e em que a maioria das pessoas vem de outros estados e países, o ‘27 on 27th’ era um prédio único, no qual as pessoas se sentiam em casa assim que chegavam à portaria”.