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Portas e Passos: Um pedido de demissão, duas versões dos factos

O CDS reagiu à biografia de Passos Coelho, garantindo que Paulo Portas formalizou o pedido de demissão por carta, e não por SMS, tal como revela a biografia autorizada do primeiro-ministro. Numa nota emitida pelo gabinete de imprensa dos centristas, pode ler-se que o partido “não comenta nem valoriza algumas notícias hoje surgidas a propósito da publicação do livro”.

O gabinete de imprensa do CDS emitiu nesta terça-feira um comunicado, onde desmente factos da biografia de Pedro Passos Coelho. Em causa está o modo como o então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros formalizou o pedido de demissão – demissão essa que nunca se consumou, mas que levou a uma nova estrutura do Governo, com Portas a ser ‘promovido’ a vice-primeiro-ministro.

“O gabinete de imprensa do CDS informa que o Dr. Paulo Portas não comenta nem valoriza algumas notícias hoje surgidas a propósito da publicação do livro ‘Somos o que escolhemos ser’. O gabinete apenas esclarece que o pedido de demissão do então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros aconteceu na manhã de 2 de julho de 2013, e foi naturalmente formalizado”, pode ler-se, na nota emitida nesta terça-feira.

O CDS desmente, assim, a revelação feita na biografia autorizada sobre Pedro Passos Coelho, ‘Somos o que Escolhemos Ser’, lançada nesta terça-feira, da autoria de Sofia Aureliano, assessora do grupo parlamentar do PSD.

No livro, que vai para as bancas numa altura em que a campanha já fervilha, pode ler-se parte de um SMS enviado por Paulo Portas ao primeiro-ministro, onde o então ministro revelara que “tinha refletido muito e que se ia demitir”.

“O pedido de demissão do então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros aconteceu na manhã de 2 de julho de 2013, e foi naturalmente formalizado”

O célebre caso da “irrevogável” demissão, que esteve perto de colocar um ponto final na coligação. Mas o facto de a mensagem por telemóvel enviada por Portas ao líder do Governo ter sido tornada pública não caiu bem nas hostes do CDS.

“Fui almoçar e quando ia a caminho da comissão permanente, às 15h00, recebi uma SMS do Dr. Paulo Portas a dizer que tinha reflectido muito e que se ia demitir”, refere a biografia de Passos, num relato na primeira pessoa.

Antes desta reação do gabinete de imprensa do CDS, o centrista Diogo Feio reagiu, a título pessoal, em declarações ao Económico. E lançou algumas achas para a fogueira.

“Era bom também que o livro dissesse de que forma o primeiro-ministro informou Paulo Portas sobre o nome da nova ministra das Finanças”, revelou Diogo Feio, em declarações àquele jornal.

O partido que faz parte da coligação – e que concorrerá às Legislativas ao lado do PSD – realça que as declarações de Diogo Feio são a título pessoal.

“Era bom também que o livro dissesse de que forma o primeiro-ministro informou Paulo Portas sobre o nome da nova ministra das Finanças”, revelou Diogo Feio.

Algumas personalidades do partido liderado por Paulo Portas ficaram surpreendidas com esta revelação da biografia, ainda que mantivessem reservas e não expressassem opinião no espaço público.

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