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Portas apresentou guião que subverte princípios do Governo e “reafirma Estado Social”, diz Marcelo

Na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a Reforma de Estado, cujo guião foi apresentado por Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, vem reafirmar o Estado Social, ao contrário do que prometera o Governo. Ontem, no seu comentário semanal na TVI, o professor e ex-presidente do PSD considerou que há uma contradição entre os princípios do Governo e a realidade.

Paulo Portas, defende o comentador da TVI, Marcelo Rebelo de Sousa, comportou-se “talentosamente”, na apresentação do guião da Reforma de Estado. Para o professor, o vice-primeiro-ministro “assobia ao cochicho” e “desconversa”, como quem diz: “O interessante é que vamos a eleições”.

O documento, diz Marcelo, é a subversão dos princípios do Governo, que pretendia acabar com o Estado Social. “A ideia do Governo, no início, era acabar o Estado Social. Onde isso já vai… Entre a refundação do Estado e este papel é o dia da noite”, defendeu Marcelo, considerando que Passos Coelho e seus pares – executivo que “começou a prometer o esvaziamento do Estado Social” – “acaba a consagrar soluções que com pequenos retoques o PS pode aceitar”.

No entanto, se o documento merece críticas, já a estratégia do líder do CDS acaba por ser ‘aplaudida’ por Marcelo Rebelo de Sousa, que apelida a intervenção de “talentosa”.

A razão apontada pelo antigo presidente do PSD: “Portas tinha de apresentar um papel impossível. E apresentou o que serve de base para programas eleitorais como quem diz ‘agora o interessante é que vamos a eleições’. Assobia ao cochicho e desconversa”.

Para o professor, este guião de Reforma de Estado “não serve este Governo”, mas o futuro executivo, que poderá ser liderado por António José Seguro, secretário-geral do PS. “É uma espécie de cardápio, de ementa, para futuros governos escolherem o que querem come. Ou seja, é uma espécie de memorando de entendimento interno para eventual utilização depois de eleições e depois do programa cautelar”, considerou Marcelo.

O futuro Governo terá nas suas mãos, segundo Marcelo, um país que vacila entre um programa cautelar e um segundo resgate. E a discussão do programa cautelar, que surge antes das próximas eleições legislativas, terá de ter o acordo do PS. “A troika vai exigir a assinatura do PS”, sustenta Marcelo Rebelo de Sousa.

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