A Porsche voltou a vencer as 24 Horas de Le Mans, e através do seu 919 HYBRID menos provável; o n.º 18. Isto porque aos comandos do protótipo branco estavam três pilotos menos experientes na clássica francesa.
Nick Tandy, que tinha apenas competido antes em La Sarthe aos comandos de um Porsche 911 da categoria GTE PRO, e os estreantes Nico Hulkenberg e Earl Bamber foram ao longo da prova subindo na classificação, depois de um começo tímido em que se viram suplantados pelo três Audi oficiais.
Apesar de Hulknberg vir da Fórmula 1 (onde guia para a Force India) e ser a primeira vez que competiu em Le Mans, rapidamente se adaptou ao ritmo da maior clássica do automobilismo de resistência, tal como Bamber, um jovem vindo da Porsche SuperCup.
De repente o trio do 919 branco estava a lutar pelas posições cimeiras, e quando os problemas começaram a afetar a ‘armada’ Audi e também os outros dois Porsche LMP1 assumiu as rédeas da corrida.
Com menos problemas do que o 919 vermelho, Tandy, Hulkenberg e Bamber colocaram-se uma volta à frente dos seus companheiros da Porsche, Mark Webber, Timo Bernhard e Brandon Hartley, que acabariam a prova na segunda posição e garantido a ‘dobradinha’ para a marca de Weissach.
Desta vez a Audi não conseguiu ir buscar os despojos e teve de se contentar com o último lugar do pódio, através de André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Trélyuer.
Mas tripla que tinha ganhou a prova do ano passado só chegou ao terceiro lugar depois dos problemas que afetaram o Audi n.º 9, que Filipe Albuquerque dividiu com Marco Bonanomi e René Rast.
O piloto português chegou a liderar a corrida por várias vezes, também chegou a deter a melhor volta, mas depois problemas mecânicos custaram ao terceiro R18 e-tron quattro a perda de 18 voltas e a consequente ‘queda’ para a sétima posição em que viria a terminar.
A infelicidade também acompanhou os restantes pilotos nacionais, com Tiago Monteiro a conhecer um verdadeiro calvário no CLM da ByKolles da ByKolles, que partilhou com Simon Trummer e Pierre Kaffer. A mecânica do LMP1 cinzento não lhe permitiu terminar classificado.
João Barbosa não teve muito mais sorte. Problemas de transmissão e furos, nos turnos dos seus companheiros de equipa, Tracy Krohn e Nic Jonsson , levaram o Ligier Judd n.º 40 a terminar no 12.º posto dos LMP2, onde o vencedor foi o Oreca da KCMG.
Pedro Lamy dominou a categoria GTE AM durante quase toda a corrida, mas quando passou o Aston Martin n.º 98 a Paul Dalla Lana no final da prova, o canadiano teve uma definitiva saída de pista a 45 minutos da bandeira axadrezada.
Assim o melhor português na categoria acabou por ser Rui Águas, que foi quarto aos comandos do Ferrari 458 Italia que dividiu com Gael Perodo e Emanuel Perodo, apesar de um furo que o atrasou bastante.
Classificação
1.º Hülkenberg/Bamber/Tandy (Porsche) 395 voltas
2.º Bernhard/ Webber/Hartley (Porsche) + 1 volta
3.º Fässler/Lotterer/Tréluyer (Audi) + 2 voltas
4º Di Grassi/Duval/Jarvis (Audi) + 3 voltas.
5.º Dumas/Jani/Lieb (Porsche) + 4 voltas
6.º Wurz/Sarrazin/Conway (Toyota) + 8 voltas.
7.º Albuquerque/Bonanomi/Rast (Audi) + 8 voltas
8.º Davidson/Buemi/Nakajima (Toyota) + 9 voltas
9.º Howson/Bradley/Lapierre (Oreca) + 37 voltas
10.º Dolan/Evans/Turvey (Gibson) + 37 voltas
