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Porque é que a hora muda?

Todos os anos acertamos o relógio, recuando e adiantando uma hora. Mas porque é que a hora muda? Eis as respostas.

Os ponteiros do relógio costumam atrasar uma hora no último fim de semana de outubro, dando início à hora de inverno, e adiantam uma hora no último fim de semana de março, quando passa a vigorar a hora de verão. Os famosos horários de inverno e verão estiveram para passar à história, recentemente, mas a decisão acabou por ficar inalterada e o atual regime continua a vigorar. Mas, afinal, porque é que a hora muda? Esta é uma pergunta que qualquer pessoa, por norma, faz pelo menos duas vezes por ano.

Porque é que a hora muda no verão e no inverno?

A hora vai-se ajustando às condições climatéricas das estações do ano porque os cientistas, tendo por base estudos e investigações, consideram que existem mais vantagens do que desvantagens em manter o regime de alterar a hora para o chamado horário de inverno e de verão.

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Porém, existem implicações das mudanças de hora no sono. Alguns especialistas alertam para condições negativas que as mudanças frequentes provocam.

E ainda que os consensos fiquem distantes, pois entre prós e contras, não faltam argumentos e é importante saber como tudo começou.

Mudança de hora e poupança de energia

E tudo começou com uma preocupação que está bem presente nos tempos atuais: poupança de energia. Sim, a hora vem sendo ajustada para o horário de inverno ou verão por conta dos gastos no consumo de energia.

As civilizações mais antigas dividiam os dias em 12 horas. E assim determinavam dois períodos. O diurno e o noturno.

Com a chegada dos relógios mecânicos passou-se, em 1784, a fazer-se a contagem do tempo integral, ou seja, unido 12 horas a outras 12 horas, resultando nas 24 horas de um dia.

Em finais do século XIX, Benjamin Franklim decidiu propor que as pessoas no verão saíssem mais cedo das camas pois poderiam, ao madrugar, aproveitar mais tempo do dia sem gastar energia. A ideia passava por não desperdiçar a luz natural.

Carvão e velas poupadas na I Guerra Mundial

Foi então que William Willet, tendo por base as pesquisas de Benjamin Franklim, avançou com uma análise sobre as horas e aconselhou que fosse adiantados 80 minutos os relógios na altura do verão.

Em 1916, com a I Guerra Mundial em curso, foi proposto que o horário de verão fosse uma realidade, de modo a que fosse poupado carvão, na altura uma fonte essencial de vida para as populações. E também este horário permitia poupar velas. É que a eletricidade não existia nas casas como hoje conhecemos.

A data mais importante a reter, contudo, é a de 1973, quando foi implementado definitivamente até aos dias de hoje a hora de verão, quando os produtores árabes deixaram de exportar tanto petróleo para a Europa e para os Estados Unidos.

O processo repete-se anualmente duas vezes. Numa delas as pessoas atrasam os relógios, na outra adiantam. Entendeu certamente porque é que a hora muda, vamos então aos efeitos.

Efeitos do fuso horário de verão e de inverno

O horário de verão, quando os ponteiros são atrasados, leva a que os finais de tarde sejam mais iluminados. Isto é, é dia durante mais tempo na parte da tarde, com a noite muitas vezes a cair perto das 21H00.

Só que de manhã cedo ainda está escuro. Ou seja, as horas de luz solar que se ganham ao final de tarde, perdem-se pela manhã. E vice-versa quando está em vigor o horário de inverno.

Agora já sabe porque razão é que os horários mudam duas vezes por ano. É possível que no futuro, no caso de Portugal, a União Europeia volte ao tema e possa sair uma regra para todos os estados membros. E nesse caso, ao que tudo indica, Portugal deverá acompanhar, seja a ordem para mudar a hora como até aqui, seja para manter um horário fixo durante todo o ano.

Até lá, você já sabe que terá de ajustar os ponteiros do relógio pelo menos duas vezes por ano – no último fim de semana de março para a hora de verão; no último fim de semana de outubro para a hora de inverno.

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