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Porque é que eu devo dar opinião?

Texto: Céu Brandão

Dizem por aí, que os jovens não se interessam pela vida política, pela sociedade  civil. Que vivem alienados da vontade crítica, da intervenção e construção. Tendem a olhar para a política como o que acontece no parlamento e não tanto como o que afeta “a minha vida”.

Em primeiro lugar teríamos de identificar o lugar da participação dos jovens na sociedade: Que objetivos? Que motivos?

Em segundo lugar, compreender o seu papel perante esta sociedade supra identificada. E, acima de tudo, o papel da sociedade perante os jovens.

Nos últimos anos verificámos, por exemplo, um aumento da taxa de abstenção ao voto na faixa etária jovem. Esta abstenção é consequência do quê? De factos históricos? Educação cívica (ou falta dela)? Desinteresse? Pegando neste último ponto, a resposta é novamente uma pergunta, “porquê?”.

Sabe-se que a primeira grande questão que surgiu na política foi: “porque é que  o homem vive em sociedade?”.

Bordenave (1994) destaca a participação social com um sentido mais político,  descrevendo-a como um processo de desenvolvimento da consciência crítica e da aquisição de poder e como uma necessidade humana fundamental. Considerando,  assim, a participação como um direito e um dever das pessoas.

A educação para a cidadania tem vindo, nos últimos anos, a alcançar grandes expectativas uma vez que é uma necessidade sentida por todos os atores da vida  pública. Atualmente, é nas juventudes partidárias e nas associações de estudantes onde verificamos uma maior intervenção e interesse social dos jovens.

Não obstante, cabe a todos os jovens o dever (mas também direito) da  participação, do voto, da opinião. Pois são eles os primeiros a sentir as necessidades e  as barreiras, extraindo do velho ditado, “são o futuro do nosso país”, desde as redes de  proximidade da família, escola e comunidade local, até aos grandes espaços públicos da vida nacional e europeias.

Toda esta temática carece de uma reflexão mais aprofundada sob os contornos  e efeitos da atuação dos jovens. Tal reflexão, a ser feita não só pelos responsáveis das associações e instituições escolares mas, também, pelos responsáveis das próprias juventudes partidárias para promoverem novos objetivos de intervenção nas e das escolas em benefício do interesse social dos jovens.

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