Medina Carreira defendeu hoje que não é possível “isentar o social” numa altura em que é necessário reduzir a despesa do Estado. “Neste momento, eu não vejo que seja possível evitar ir ao social. Pela dimensão do corte que o primeiro-ministro anuncia e deseja não se vai isentar o social”, explicou o economista.
Em conversa com os jornalistas, o também comentador político insistiu que “por muito que se corte na saúde e na educação, são quantias relativamente mais reduzidas do que o resto”, mas que é impossível manter o Estado social na atual dimensão.
Confrontado com algumas versões de que é possível reduzir a despesa pública sem alterar o Estado social, Medina Carreira respondeu que tal é uma mentira: “nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas campanhas eleitorais”.
As afirmações foram proferidas à margem do seminário “Orçamento do Estado 2013 – o regresso aos mercados e o futuro da economia portuguesa”, no qual Medina Carreira defendeu que a redução da despesa pública tem passar também por cortes nos apoios sociais.
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