Uma média de 750 condutores abastece sem pagar, todos os dias, segundo a Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC). São efeitos da crise, associados ao elevado preço da gasolina e do gasóleo. Os revendedores enfrentam elevados prejuízos, em virtude desta prática.
São estimativas da ANAREC, divulgadas na edição desta terça-feira do Jornal de Notícias. Em média, 750 condutores entram nas bombas de gasolina, abastecem e fogem sem pagar.
Trata-se de uma prática que representa grandes prejuízos para os revendedores. O fenómeno resulta do elevado preço dos combustíveis, associado às dificuldades das famílias. Por outro lado, é um roubo que se consuma sem grandes dificuldades.
As câmaras de vigilância dos postos de abastecimento não conseguem dissuadir este roubo, cada vez mais frequente. Estima-se que 30 por cento dos postos de abastecimento em Portugal sejam vítimas desta prática, segundo números do JN, que cita a ANAREC.
“Cada abastecimento não pago ronda os 15 euros, o que dá um prejuízo mensal de 225 mil euros”, refere Virgílio Ferreira, presidente da ANAREC, àquele jornal. As perdas atingem os 6,7 milhões de euros, por ano. “A situação tem-se agravado”, realça aquele dirigente.