A Câmara de Paris, em França, avança com uma ideia para salvar a Ponte das Artes. Em vez dos cadeados, cujo peso excessivo levou à quebra de parte da estrutura, os pares apaixonados devem usar esta ponte (ou outra) como cenário para uma selfie do amor.

Em junho, a Ponte das Artes, em Paris (França), teve de ser evacuada de emergência: o peso excessivo dos milhões de cadeados, presos à estrutura por pares apaixonados, fez com que parte da vedação lateral cedesse.

A partir de hoje, a autarquia pretende solucionar o problema com uma iniciativa inovadora: as selfies do amor.

Em vez de prenderem cadeados assinados à ponte, os apaixonados devem tirar uma selfie, em cima de uma ponte ou tendo uma como cenário, e publicá-las num site oficial, o lovewithoutlocks.fr (amor sem fechos, numa tradução literal).

A alternativa passa pela divulgação das selfies nas redes sociais com a mesma hashtag, #lovewithoutlocks.

Ao apresentar a proposta, a Câmara de Paris frisou que as pontes sobre o Sena “não podem resistir a tanto amor”.

Se o têm feito até agora é porque a autarquia, diariamente, remove milhares de cadeados, aliviando parte do peso excessivo, como explicou o vereador da Cultura, Bruno Julliard.

O costume de prender um cadeado com os nomes do par tornou-se uma moda em 2008, depois de um romance do italiano Federico Moccia, ‘Ho voglia di te’ (Tenho vontade de ti), aludir a um episódio semelhante numa ponte em Roma.

A presidente da Câmara, Anne Hidalgo, admite mesmo remover todas as grades das pontes em Paris e substituí-las por murais, caso a moda dos cadeados resista à ideia das selfies.