O caso do imigrante ucraniano a quem foi diagnosticada uma tuberculose multirresistente obrigou o delegado de saúde de Pombal a requisitar uma unidade móvel para a realização de rastreios locais. “É uma forma de descansar as pessoas”, admitiu José Ruivo.
Uma unidade móvel vai permitir realizar a prova tuberculina e o teste IGRA na freguesia do Louriçal, em Pombal. Foi o delegado de saúde local, José Ruivo, quem solicitou o equipamento, depois de ter sido conhecido o caso de um imigrante ucraniano a quem, há quatro meses, foi diagnosticada uma tuberculose multirresistente.
O decorrer do tempo, assim como o facto do paciente ter recusado o tratamento (entretanto já aceitou, tanto mais que o tribunal de Pombal decretara o internamento compulsivo), levaram a população a ficar assustada com a possibilidade de contágio. Para minimizar os riscos e tranquilizar os utentes, o delegado de saúde de Pombal, José Ruivo, solicitou a realização de rastreios locais. “É, também, uma forma de descansar as pessoas”, admitiu.
José Ruivo admitiu a existência de mais quatro casos de diagnóstico positivo, tratando-se de outros imigrantes que conviviam com o ucraniano. Esses quatro pacientes vão ser monitorizados, “até porque não completaram o tratamento”, como explicou o delegado de saúde.
Os rastreios vão ocorrer no final de novembro, sendo repetidos em final de maio de 2013, dado que o período de incubação é de seis meses.
Quanto ao ucraniano, de 41 anos, acabou por aceitar o internamento no serviço de medicina infetocontagiosa do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, tendo dado entrada na quinta-feira passada. “O serviço de Estrangeiros e Fronteiras confirmou que o indivíduo se encontrava em situação ilegal, mas a verdade é que não é possível fazer o repatriamento enquanto subsistir o perigo de contágio, até porque nenhuma companhia aérea aceita transportá-lo”, acrescentara, então, José Ruivo.
