O Governo da Polónia, que esta semana deu ‘luz verde’ à ampliação do seu terminal de gás natural liquefeito, vê neste carburante uma alternativa para superar a sua dependência energética da Rússia a partir de 2022.
É nessa data que expira o contrato de fornecimento de longo prazo com a empresa russa Gazprom e o gás russo representa atualmente dois terços do total de combustível consumido na Polónia, algo que Varsóvia quer mudar a partir de 2022.
Desde sua vitória em 2015, o partido nacionalista-conservador Lei e Justiça tem insistido na intenção de diversificar as fontes de abastecimento do país para tentar reduzir, mesmo para zero, a sua atual dependência do fornecimento russo.
Para concretizar este plano, o Governo polaco lançou um plano de diversificação, que incluiu a construção em 2015 do terminal de gás natural liquefeito de Swinoujscie, no Mar Báltico, que esta semana recebeu ‘luz verde’ para expandir a sua capacidade.
Os trabalhos serão financiados pela União Europeia através de fundos de desenvolvimento regional, numa dotação que pode alcançar os 128 milhões de euros.
A Polónia quer ainda que os Estados Unidos reforcem a sua presença militar no seu território e até mesmo localizem uma base militar estável, um objetivo que levou a mais compras de equipamento militar e combustível dos Estados Unidos.
Além de aumentar a capacidade deste terminal, a Polónia espera receber mais gás do Mar do Norte, tendo para isso decidido em novembro passado construir um gasoduto a ligar a Polónia aos depósitos de gás escandinavos através da Dinamarca.
Varsóvia espera que os fornecimentos para o terminal de Swinoujscie, junto com este oleoduto que liga a Polónia com a plataforma norueguesa, possa garantir a sua independência de combustível importado da Rússia em 2022.
Para o ministro da Energia, Piotr Naimski, a conclusão do gasoduto báltico é uma “questão de segurança” para a Polónia, pois é fundamental para diversificar a dependência da Rússia.
Essa dependência fica exposta durante os invernos, especialmente durante a última década, levando mesmo a cortes temporários de fornecimentos.
No caso de a Polónia decidir manter sua ligação com o gás russo, Varsóvia deve iniciar negociações com a Gazprom em dezembro de 2019.
No que diz respeito aos países vizinhos, a prioridade da Polónia é a conexão com a Eslováquia para obter acesso a outros mercados, através da Hungria, dentro de um plano para rivalizar com o monopólio da Rússia sobre o gás na Europa Central e Oriental.
Varsóvia também continua a sua forte oposição ao gasoduto Nord Stream 2, um projeto que prevê a construção de dois gasodutos com uma capacidade para transportar mais de 50.000 milhões de metros cúbicos de gás da costa russa para a Alemanha, no fundo do mar Báltico, evitando a Polónia e outros países da região.
Para o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, o Nord Stream 2 “não é um projeto económico, mas político, com a Rússia a usá-lo como uma ferramenta de influência na economia e na política europeia”
Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…
Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…
O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…
Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…
Joana Bento Rodrigues - Ortopedista /Membro da Direção da SPOT A modalidade de Pilates foi…
A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…