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Poliomielite: Vacinação suspensa no Paquistão após assassínio de oito funcionários da ONU

paquistao polioO assassínio, a tiro, de oito funcionários levou a ONU a suspender a campanha de vacinação contra a poliomielite no Paquistão. O primeiro-ministro, Raja Pervez Ashraf, condenou os ataques e defendeu a urgência em combater uma doença que é uma “emergência nacional”.

A campanha de vacinação contra a poliomielite no Paquistão foi suspensa pelas Nações Unidas, depois de atentados a tiro terem morto oito funcionários ligados ao programa de saúde. Ontem, um atentado em Peshawar vitimou uma supervisora de vacinação, um voluntário e um motorista, depois de, na véspera, outros atentados, nas províncias de Sindh e Khyber Pakhtunkhwa, terem morto mais cinco profissionais de saúde.

A poliomielite, uma doença de paralisia infantil, é uma “emergência nacional” no Paquistão, país onde 33 milhões de crianças não foram vacinadas. O primeiro-ministro, Raja Pervez Ashraf, condenou de imediato os ataques contra as campanhas de saúde e exigiu às autoridades regionais que garantam a segurança das equipas médicas, mas a ONU optou pela suspensão da campanha. Michael Coleman, porta-voz da Unicef, justificou a suspensão com o receio do escalar da violência, suspendendo um programa de três dias que visava imunizar mais de cinco milhões de crianças.

Os atentados, cometidos por grupos em motas que disparam tiros em rajada, conforme relatos à BBC, ainda não foram reivindicados. Contudo, as autoridades acusam os talibãs, que antes do início da campanha tinham deixado ameaças por considerarem que os programas de saúde são, na verdade, missões de espionagem e contrainformação.

Segundo a ONU, a poliomielite, uma doença altamente contagiosa que pode ser erradicada pela vacinação, está ativa apenas no Paquistão, Afeganistão e Nigéria, embora tenham surgido casos pontuais em alguns países africanos, no Tajiquistão e na China.

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