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Polícia prepara avião para levar Lula da Silva até Curitiba

A Polícia Federal (PF) brasileira tem preparado um avião para transportar o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de São Paulo para Curitiba, onde este deverá entregar-se hoje, segundo uma determinação do juiz federal Sérgio Moro.

“Ele (Lula da Silva) pode vir em avião particular e apresentar-se aqui ou se apresentar-se em São Paulo, pode vir na aeronave da Polícia Federal”, que está “pronta”, disse a um grupo de jornalistas Jorge Chastalo Filho, chefe da equipa de custódia e escolta da PF de Curitiba.

O juiz federal Sérgio Moro deu o prazo até hoje, às 17:00 (horário de Brasília, 21:00 em Lisboa) para o ex-Presidente brasileiro se apresentar voluntariamente na Polícia Federal na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, sul do Brasil.

“Está tudo preparado. Claro que há circunstâncias que não podemos antecipar porque pode apresentar-se aqui ou em São Paulo, ou não se apresentar, então existem todas estas circunstâncias”, referiu o agente da PF.

No entanto, o agente policial declarou que é “bem provável” que a apresentação do ex-Presidente ocorra em São Paulo, dado que Lula da Silva encontra-se na sede do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, e por não ter esclarecido se acatará a ordem de Moro e apresentar-se voluntariamente em Curitiba.

No caso de o não fazer, Lula da Silva pode ser preso a qualquer momento se continuar na sede do sindicato, mas se for para a sua casa, a legislação impede a sua prisão entre às 18:00 e às 06:00 da manhã do dia seguinte.

“Executaremos o mandado de prisão no momento mais oportuno”, acrescentou Jorge Chastalo Filho.

Lula da Silva foi condenado em julho do ano passado pelo juiz federal Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais no caso do apartamento triplex no Guarujá.

Moro tomou como certo que o ex-Presidente recebeu um apartamento de luxo no litoral de São Paulo da construtora OAS, uma das envolvidas no esquema de corrupção na petrolífera estatal brasileira.

A pena de prisão foi agravada para 12 anos e um mês por um tribunal de apelação (Tribunal Regional Federal/TRF4), que também determinou a execução da sentença, com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa de Lula da Silva tentou, através de recursos preventivos de ‘habeas corpus’, evitar a prisão antecipada, mas tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) como o STF negaram essa possibilidade.

Os seus advogados anunciaram, entretanto, que apresentaram hoje um novo recurso perante o STJ para travar a iminente prisão do ex-líder sindical e ex-Presidente do Brasil.

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