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Polícia Judiciária trava rede: Tráfico de chifres de rinoceronte passa por Portugal

Os dois australianos detidos com cornos de rinoceronte estarão ligados a um roubo recente, num museu da Universidade de Coimbra. A investigação da Polícia Judiciária dura há meses e culminou com a prisão dos dois suspeitos, que regressavam a solo luso.

Em abril, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra foi assaltado. Chifres de rinoceronte com mais de dois séculos foram levados. Desde então, as autoridades desencadearam uma investigação, por suspeitarem que estavam perante uma rede internacional.

Diversos museus tinham sido alvo de assaltos, o que, aliado ao elevado valor dos cornos no mercado negro asiático, fazia prever que não se tratava de um assalto isolado. Essa investigação avançou e dois australianos foram considerados suspeitos.

Voltaram a Portugal e a Judiciária recebeu informações de polícias internacionais de que os suspeitos pisaram solo luso. A partir daí, os agentes foram para o terreno e detiveram os dois homens, pais e filho.

São membros de uma rede de tráfico de larga escala. O elevado valor dos chifres de rinoceronte levou a que este negócio se desenvolvesse. Estima-se que um quilograma possa render 50 mil euros.

Os dois detidos tinham consigo mais chifres que pesavam sete quilos – infelizmente, nenhum deles pertencia ao museu da Universidade de Coimbra – e preparavam-se para viajar para Paris.

A passagem por Portugal deve-se à fama que o país ostenta de ter muitos exemplares, propriedade de pessoas com origem africana.

Cornos afrodisíacos

Com fama de provocarem efeitos afrodisíacos, os chifres de rinoceronte transformaram-se num produto muito apetecido. E Portugal é centro da rede que a PJ ajudou a enfraquecer.

Nos últimos tempos, a procura por este produto tem aumentado, bem como o número de assaltos. Diversos países assinalam casos de roubos, que deixaram de ser atos isolados, mas parte de uma rede de tráfico.

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