Uma investigação da polícia francesa levou ao desmantelamento de uma rede ilegal de imigração, que tinha Portugal e França como pontos de passagem para cidadãos da Indonésia, Paquistão e Sri Lanka. Seis pessoas foram detidas, no âmbito desta operação, que apreendeu passaportes falsos.
O jornal francês Le Fígaro faz uma reportagem, na sua edição desta terça-feira, sobre o desmantelamento de uma rede que tinha um braço em Portugal – um dos países que serviam de ponto de passagem para imigrantes ilegais, rumo a outros países europeus.
A operação policial começou no ano passado, depois de ter sido identificada em Hendaia, na fronteira entre Espanha e França, uma série de viaturas que transportavam cidadãos paquistaneses com passaportes e outros documentos que tinham obtido em Portugal.
As investigações avançaram e, ontem, foi lançada uma operação em França e Portugal, que levou à captura de seis suspeitos de pertencerem a uma rede de imigração ilegal. Os suspeitos estavam em território luso.
De acordo com suspeitas das autoridades francesas, estima-se que milhares de pessoas tenham ultrapassado as fronteiras portuguesas rumo à Europa. Eram transportadas de carro e estima-se que tenham sido feitas quase 500 viagens.
Os imigrantes, provenientes de Indonésia, Paquistão e Sri Lanka, terão pago valores elevados para conseguir a documentação e viagem entre as capitais portuguesas. De Lisboa a Paris, terão pago valores que rondam os 300 euros.
Mas esta rede tinha outros destinos, para o norte e sul da Europa, desde Itália ao Reino Unido, passando pela Bélgica. Uma viagem dos imigrantes para o norte europeu poderia custar mais de 1500 euros.