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Polícia Federal livra filho de Bolsonaro de duas acusações criminais

A Polícia Federal do Brasil considerou não haver indícios de Flávio Bolsonaro, filho mais velho do Presidente do país, ter cometido os crimes de branqueamento de capitais e falsidade ideológica num inquérito sobre bens e negociações de imóveis.

A informação foi publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, que adiantou parte de um relatório da Polícia Federal.

Questionado sobre o assunto, durante uma visita a uma escola militar, no estado de São Paulo, Jair Bolsonaro disse que não se mete em questões judiciais.

A investigação da Polícia Federal tratou de uma denúncia apresentada pelo advogado Eliezer Gomes da Silva, com base em reportagens publicadas pelos ‘media’ brasileiros sobre a evolução do património do então deputado federal Jair Bolsonaro e dos seus filhos.

A avaliação de que não há indícios contra Flávio Bolsonaro difere de uma outra investigação, promovida pelo Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, que em dezembro passado apontou o filho do Presidente como suspeito de ter branqueado 2,4 milhões de reais (490 mil euros) em transações ilícitas.

Os promotores do Rio de Janeiro investigam se Flávio Bolsonaro usou dinheiro em espécie para comprar imóveis, branqueando verbas de recursos públicos a que teve acesso.

Flávio Bolsonaro é suspeito de, com a ajuda de um ex-assessor, Fabrício Queiroz, ter arrecadado dinheiro contratando funcionários fantasmas e também recebendo ilegalmente parte do salário de outros funcionários de seu gabinete quando era deputado na assembleia estadual do Rio de Janeiro.

Transações suspeitas envolvendo o filho mais velho do Presidente brasileiro foram divulgadas no final de 2018, depois de contas bancárias de Fabrício Queiroz, ex-chefe de segurança de Flávio Bolsonaro, terem indicado movimentações atípicas de 1,2 milhões de reais (hoje cerca de 264,3 mil euros) entre 2016 e 2017.

Este valor contrastava com o rendimento mensal de Queiroz que, na época, não excedia 20 mil reais (quase 4,4 mil euros), segundo um relatório divulgado por um órgão de controlo fiscal, a atual Unidade de Inteligência Financeira, que faz parte do banco central do país.

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