A polícia brasileira divulgou hoje que foi registada uma detonação dentro da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, antes da rutura na barragem, a 25 de janeiro, informação entretanto negada pela empresa mineira Vale.
Segundo a Polícia Civil, a detonação terá ocorrido numa galeria a 1,5 quilómetros de distância da barragem.
“Efetivamente, houve sim a detonação de explosivos dentro da cava de Córrego do Feijão. A perícia já tem a documentação e até mesmo filmagem sobre todo o complexo”, disse o delegado Luiz Otávio Paulon, chefe da investigação ao incidente de Brumadinho, citado pelo portal de notícias G1.
Já a empresa mineira brasileira Vale negou qualquer tipo de detonação antes do colapso da barragem de Brumadinho, que deixou 246 mortos e 24 pessoas desaparecidas, cujos corpos continuam a ser procurados pelos bombeiros.
As autoridades estão agora a verificar se os explosivos tiveram alguma influência na rutura da barragem de Brumadinho.
“Nossa perícia já está debruçada em cima de analisar se, de alguma forma, essas detonações contribuíram para o rompimento [rutura] da barragem”, acrescentou o delegado.
Em nota, a Vale contraria a informação da polícia, frisando que “não houve detonação nas minas do Córrego do Feijão e Jangada antes do rompimento da barragem”.
Ainda segundo a mineira Vale, as detonações de explosivos são “inerentes à atividade minerária e as recomendações da empresa de auditoria eram conhecidas e consideradas pela área geotécnica na execução das atividades no complexo [de Brumadinho]”.