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Polícia angolana dispersa ativistas que tentaram manifestar-se contra desemprego

A polícia angolana carregou hoje sobre um grupo de manifestantes, que foram já dispersados quando tentaram chegar à Assembleia Nacional, onde o Presidente angolano, João Lourenço, discursa sobre o Estado da nação, na abertura do novo ano legislativo.

Os cerca de 20 ativistas angolanos, entre os quais membros do Movimento Revolucionário, concentraram-se na manhã de hoje na zona do Zamba II, município da Maianga, a cerca de cem metros de distância da Assembleia Nacional, onde foi montado o cordão de segurança da polícia.

Com cartazes onde se podia ler “A voz do povo é a voz de Deus, exigimos os nossos 500 mil empregos” e vestidos com ‘t-shirts’ onde estava escrito “Movimento Revolucionário”, “PR João Lourenço mentiu ao povo”, “a revolta está preparada”, “nos veremos em 2022” (ano das próximas eleições gerais de Angola), o grupo que manteve-se inicialmente concentrado junto à beira da estrada.

A polícia pediu que saíssem do local e, na sequência de trocas de palavras entre as duas partes, as autoridades em número superior aos manifestantes, dispersaram os ativistas com recurso à força, tendo alguns sido levados em viaturas policiais.

A Lusa contactou a polícia para comentar o incidente, mas a direção nacional remeteu uma resposta para mais tarde.

Num comunicado emitido segunda-feira, a Polícia Nacional avisou “os promotores da manifestação e os cidadãos em geral para se absterem de tais práticas”, assegurando que iria empregar “toda a legitimidade para garantir que não haja perturbação da ordem” e “responsabilizar criminalmente os infratores”.

O comunicado, assinado pelo comissário Orlando Bernardo, adiantava que a lei determina que as manifestações devem ser comunicadas previamente às autoridades e que tem de ser cumprida a distância recomendada dos órgãos de soberania (100 metros).

Relembrava ainda que os cortejos e desfiles só podem realizar-se após as 19:00 nos dias úteis.

Em declarações, segunda-feira, à Lusa, Geraldo Dala, um dos organizadores do protesto, considerou que as regras devem ser alteradas.

“A lei só é lei quando é justa. Não conseguimos perceber porque é que num país democrático temos de fazer manifestações de noite. Isto tem de ser alterado”, sublinhou.

Segundo Geraldo Dala, os manifestantes pertencem a várias organizações que integram o movimento nacional de luta contra o desemprego, que realizou uma outra manifestação em Luanda em 24 de agosto.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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