Cultura

Polémica: Diamante criado com cinzas de arquiteto mexicano revolta comunidade artística do país

Há uma polémica que está a assolar a comunidade artística mexicana. Em causa, está a criação de um diamante a partir das cinzas de Luis Barragán, um dos mais respeitados arquitetos do México, por parte da artista Jill Magid.

O mexicano chegou mesmo a ser distinguido com o Priztker, o prémio Nobel da Arquitetura. Agora, 29 anos após a sua morte, é o centro das atenções novamente.

A BBC conta que a jóia foi intitulada por ‘A proposta’, o diamante tem 2,02 quilates, não foi lapidado, pelo que tem um tom azulado e foi embutido num anel de prata.

Contudo, Jill Magid tem um forte propósito para a criação desta jóia: chamar a atenção das autoridades mexicanas para a importância do regresso do arquivo profissional de Barragán ao seu país de origem, já que está na Suíça desde 1995, altura em que um empresário comprou o acervo juntamente com uma curadora italiana.

Neste momento, o espólio do arquiteto encontra-se na ‘Barragan Foudation’, na Basileia, sendo que fica caracterizado pelo difícil acesso aos arquivos.

A artista colocou o anel em exposição no Museu Universitário de Arte Contemporânea, na Cidade do México. A obra está a causar grande polémica entre a comunidade artística do país, que gerou um debate sobre quais os limites que a arte deve respeitar.

No entanto, Magid afirma que teve a autorização de 18 familiares do arquiteto para a utilização das suas cinzas na produção do diamante.

Segundo a revista ‘The New Yorker’, Jill Magid já esteve na Suíça, onde reuniu-se com Federica Zanco, a curadora italiana. “Se aceitar o anel terá de devolver o acervo ao México”. Contudo, a italiana acabou por recusar a proposta.

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