Ao conseguir a terceira posição na segunda corrida do campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC) no circuito de Nurburgring Nordeschleife, Tiago Monteiro ‘salvou’ um fim-de-semana bastante complicado.

O piloto piloto português sabia que a falta de velocidade do Honda Civic nas longas retas do último setor do traçado alemão era uma grande desvantagem com que tinha de contar, mas não contava que o primeiro confronto deste sábado fosse tão aziago para as suas pretensões.

Tiago foi vítima de um furo na sequência de um toque no começo da corrida, acabando por ser obrigado a desistir nas boxes, conhecendo o seu segundo abandono da temporada no WTCC.

Para a segunda corrida o piloto do Porto arrancava da ‘pole position’, tendo efetuado uma boa largada que o projetou para a liderança na primeira curva. No entanto, e apesar dos seus esforços, acabaria por ser ultrapassado por Yvan Muller na zona mais rápida do circuito.

A partir daí Tiago Monteiro procurou manter a segunda posição, ainda que na zona mais sinuosa de Nurburgring conseguisse aproximar-se à traseira do Citroën de Muller. Mas uma coisa era aproximar-se, outra era passar, e na reta mais longa do Nordeschleife o francês ‘ia-se embora.

Gabriele Tarquini, o companheiro de equipa do português, começou a pressioná-lo quando os pneus se começaram a degradar, mas o grande problema para os dois pilotos da Honda surgiu na última volta, quando José Maria Lopez se desenvencilhou de Mehdi Bennani e foi à procura do pódio.

Novamente na reta mais longa do Nordeschleife o campeão do mundo passou os dois Civic oficiais demonstrando o grande diferencial de velocidade de ponta que existe entre os Honda e os Citroën, e Tiago teve mesmo de se contentar com o último lugar do pódio.

“É frustrante. Uma enorme sensação de impotência. Mas não podemos fazer nada. Não temos velocidade de ponta para aguentar estas investidas num circuito com tantas zonas rápidas”, desabafou Tiago Monteiro no final da prova.

“O carro estava ótimo, a pilotagem correu bem, mas falta-nos rapidez. Enquanto não descobrirmos a fórmula para ultrapassar este ‘handicap’ vamos sofrer bastante. A equipa trabalha arduamente para fazer melhor, mas ainda não chegámos lã”, refere ainda o piloto portuense.

Muller imitou Lopez, que se tinha imposto na primeira corrida, e somou um importante triunfo que o colocou a somente um ponto do segundo lugar do campeonato, ocupado por Sebastien Loeb, que fora segundo no primeiro confronto.

Classificação
Corrida 1
1.º José María López (Citroën) 26m02,550s
2.º Sébastien Loeb (Citroën) + 4,930s
3.º Yvan Muller (Citroën) + 8,759s
4.º Norbert Michelisz (Honda) + 9,918s
5.º Ma Qing Hua (Citroën) + 10,510s
Corrida 2
1.º Yvan Muller (Citroën)
2.º José María López (Citroën) + 0,.173s
3.º Tiago Monteiro (Honda) + 0,539s
4.º Gabriele Tarquini (Honda) + 0,694s
5,º Sebastien Loeb (Citroën) + 3,402s