Pobres ricos: Crise também ataca os 10 maiores milionários de Portugal

Os milionários portugueses também sofrem com a crise. Os dez homens mais ricos do país perderam cerca de 1000 milhões de euros desde 2008. Na lista da Exame, liderada novamente por Américo Amorim, destaca-se ainda uma novidade no top 10: Dionísio Pestana.

Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo continuam a ser os homens mais ricos de Portugal, segundo a lista elaborada pela revista Exame. O que se destaca, neste ranking de 2015, é que os dez maiores milionários do país também sofreram com a crise.

Nas contas da revista, que comparou a evolução das maiores fortunas nacionais, os dez primeiros da lista perderam 1060 milhões de euros desde o início da crise, em 2008.

Tal como no ano passado, a lista é encabeçada por Américo Amorim, de 81 anos. O empresário natural de Mozelos (Santa Maria da Feira) detém uma fortuna avaliada em 2500 milhões de euros.

Parece muito? Pois há um ano era quase um quarto maior (24,7 por cento). O problema foi a acentuada desvalorização bolsista da Galp Energia, combinada com a venda da participação de 35 por cento do Banco BIC.

Valeu ao ‘pobre’ Amorim a valorização da Corticeira Amorim, a rondar os 40 por cento. Ainda assim, o líder do ranking em 2014 continuou a relegar para o segundo lugar o presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos.

A fortuna de Soares dos Santos até cresceu oito por cento face a 2014, aproveitando o forte desempenho da rede Pingo Doce. Este ano, a riqueza do número dois da lista está avaliada em 1800 milhões de euros.

Também Belmiro de Azevedo está ‘um pouco melhor’ do que no ano passado. O fundador do grupo Sonae viu a fortuna subir para os 1,4 mil milhões, mantendo o último lugar no pódio dos milionários nacionais.

Saliente-se Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo são as presenças portuguesas ‘habituais’ na lista de multimilionários de todo o mundo elaborada pela revista Forbes.

No conjunto, as 25 maiores fortunas nacionais valem 14.700 milhões de euros, mais 400 milhões do que em 2014 e cerca de 8,5 por cento de toda a riqueza produzida em Portugal, de acordo com os cálculos do Exame.

Entre os 10 primeiros destaca-se a entrada de Dionísio Pestana e a saída das famílias ligadas à Mota-Engil (sexta maior fortuna em 2014) e Espírito Santo.