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PM são tomense lamenta atraso na acusação de suspeitos de alegado plano de ataque

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, lamentou hoje que a justiça não tenha ainda acusado os suspeitos de uma alegada tentativa de ataque, em agosto, e afirmou que “a situação de risco se mantém”.

“O assunto não está completamente esclarecido. A situação de risco mantém-se”, afirmou, em entrevista à Lusa em São Tomé.

O também presidente da Ação Democrática Independente (ADI) comentou: “A justiça tem o seu ‘timing’, nós temos o nosso”.

“É infeliz que não se tivesse concluído as investigações para se fechar a acusação antes da campanha eleitoral. Gostaria que tivesse sido mais rápido, sobretudo porque se trata da minha vida”, sublinhou.

Patrice Trovoada comentou que “entrar para uma campanha eleitoral nessas condições não é cómodo”.

“Tivemos de reforçar as medidas de segurança, não pude fazer uma campanha com toda a liberdade, de proximidade, não pude estar em todos os comícios que eu queria, não pude fazer as marchas que eu queria fazer, não pude estar em reuniões à noite”, disse.

Em agosto, o Governo são-tomense garantiu ter impedido uma “ação terrorista” que visava o sequestro do Presidente da República, do presidente da Assembleia Nacional e a eliminação física do primeiro-ministro.

Na ocasião, foram detidos três cidadãos espanhóis e dois nacionais, entre os quais o ex-ministro Gabriel Costa, opositor na diáspora, e que ainda se mantêm em prisão preventiva.

“As investigações demoram o seu tempo, há cartas rogatórias”, referiu.

Em junho passado, Gaudêncio Costa, antigo ministro da Agricultura e deputado do MLSTP-PSD, e um sargento das Forças Armadas, Ajax Managem, foram detidos por suspeita de envolvimento numa “tentativa de subversão da ordem constitucional”, mas acabariam por ser libertados poucos dias depois, sem qualquer acusação.

“Tivemos duas tentativas, há implicações de pessoas que têm uma atividade política no seio da oposição e há implicações de agentes da força de defesa e segurança”, disse.

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