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PM guineense e Banco Mundial assinam acordo para desenvolver setor do caju

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, assinou hoje com o Banco Mundial um acordo de cooperação de assistência técnica o desenvolvimento do setor do caju, principal produto de exportação do país.

“Para o Governo é fundamental tudo o que esteja ligado ao desenvolvimento da fileira de caju, que é um produto com um papel fundamental não só nas exportações da Guiné-Bissau, mas da economia da Guiné-Bissau de uma maneira em geral”, afirmou Aristides Gomes, na cerimónia de assinatura do acordo, que decorreu no Ministério das Finanças.

O primeiro-ministro guineense salientou também que é necessário reforçar a cooperação com o Banco Mundial para “criar um ambiente mais favorável ao investimento” na Guiné-Bissau para que as riquezas do país possam ser valorizadas.

O Projeto de Desenvolvimento do Setor do Caju teve início em 2016, mas foi prolongado até ao final de 2019, e tem como principias objetivos melhorar a capacidade dos intervenientes dos setores com base no cumprimento das normas ambientais, sociais e comerciais e melhorar o ambiente de negócios para investimento na produção e processamento de caju.

Com o projeto, que conta com o apoio financeiro do Japão e do Canadá e é gerido pela Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial, o Governo guineense pretende sensibilizar 3.000 agricultores sobre as normas ambientais, sociais e comerciais, criar um padrão de sustentabilidade do caju e passar a ter um processador local daquele fruto com certificação reconhecida de qualidade.

O objetivo é que 5 por cento do caju exportado já seja processado com a denominação de origem da Guiné-Bissau.

A castanha de caju é o principal produto de exportações da Guiné-Bissau e motor da economia do país.

Em 2018, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia guineense esteve sob pressão, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) real caído para 3,8 por cento, depois de entre 2015 e 2017 ter rondado os 6 por cento.

A queda do PIB deveu-se essencialmente a uma menor produção e preços do caju, que tem suportado nos últimos anos o crescimento económico.

O ano passado, a Guiné-Bissau exportou 147.000 toneladas de castanha de caju.

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