Observações feitas pela nave espacial japonesa Kaguya, em órbita lunar, sugerem que átomos de oxigénio da atmosfera superior do planeta Terra bombardeiam a superfície da Lua durante alguns dias por mês.
A vida na Terra pode ter deixado sua marca na Lua alguns milhões de anos antes do famoso primeiro passo de Neil Armstrong.
Esta libertação de oxigénio começou há cerca de 2,4 mil milhões de anos, quando surgiram os primeiros micróbios fotossintéticos, sugere este estudo da equipa do cientista planetário Kentaro Terada, da Universidade de Osaka no Japão.
Os átomos de oxigénio começam a sua viagem incrível na atmosfera superior, onde através de um sistema de ionização resultante da radiação ultravioleta alcançam campos elétricos e ondas de plasma acelerando até alcançar o casulo magnético que envolve a Terra.
Do outro lado dessa “magnetosfera” surge o sol que funciona como uma bandeira ao vento. Durante cinco dias de cada ciclo lunar, a Lua passa através da tal magnetosfera e acaba por ser “bombardeada” por iões terrestres , incluindo o oxigénio.
A equipa orientado por Kentaro Terada tem analisado as medições de oxigénio desde 2008 e estimam que pelo menos 26 mil iões de oxigénio por segundo atingiram cada centímetro quadrado da superfície lunar durante o período de cinco dias.
Apesar disso, o cientista garante que o número de iões de oxigénio presentes na órbita da Lua nunca serão suficientes para tornar a superfície lunar respirável.
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