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Plano para matas do litoral centro com 18 milhões de euros nos próximos quatro anos

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural anunciou hoje que os investimentos em curso nas matas do litoral centro são “para um século”, existindo 18 milhões de euros cativos para os próximos quatro anos de trabalho.

No talhão E da Mata Nacional de Leiria, um dos que arderam nos dois grandes incêndios florestais de 2017, Miguel Freitas apresentou o Plano de Investimentos Matas Públicas do Centro e Litoral, junto de uma enorme pilha de árvores cortadas.

“É um programa para os próximos quatro anos. Pela primeira vez há um programa plurianual de investimento para as matas públicas”, sublinhou, afirmando que, “pela primeira vez”, há “condições para fazer algo diferente nas matas públicas do litoral”.

“Temos um plano e estamos determinados em cumpri-lo. Estamos a construir uma solução para 100 anos, não estamos a construir uma solução nem para quatro, nem para 10, nem para 20 anos, depois da catástrofe que destruiu dois terços deste pinhal”, indicou.

Este investimento envolve os 18 milhões de euros resultantes da venda da madeira das matas públicas, “dinheiro que está cativo através de uma resolução do Conselho de Ministros para ser investido nas matas públicas”.

Até hoje, foram retirados das matas públicas do litoral centro 2.500 hectares de madeira, avançou o secretário de Estado, acrescentando que “foram precisas 15 mil cargas, isto é, 15 mil camiões” para, no último ano e meio, retirar essas árvores afetadas pelos incêndios.

Para colocar no mercado toda a matéria prima serão necessárias 42 mil cargas, sublinhou.

Segundo Miguel Freitas, o trabalho é “hercúleo e notável”, obrigando a que decorra “a um ritmo dez vezes superior do que seria um ano normal”.

O plano de reflorestação segue o guião proposto ao Governo pela comissão científica criada para as matas públicas e permitiu, até ao momento, “mais de mil hectares florestados, nesta mata”, o que correspondentes a “mais de um milhar de plantas no terreno”.

“Vamos voltar a ter um pinhal em Leiria, na Marinha Grande e em todo o cordão dunar deste território, nas nossas matas públicas”, prometeu Miguel Freitas, pedindo “paciência” às populações.

“Estamos a fazer tudo quanto é possível, a empenhar todos os nossos esforços. Temos uma orientação e um caminho e é esse caminho que estamos a fazer. Se tivermos a paciência e resiliência necessárias, conseguiremos fazer o que é preciso nestas matas públicas para que no futuro não volte a acontecer o que aconteceu em 2017”, declarou.

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